Planejamento é a chave para 13º salário render
O fim do ano se aproxima e com ele entra também
dinheiro extra na conta dos trabalhadores que recebem o
13º salário. Presentes de Natal, viagem de férias, despesas com impostos e contas a pagar. Com
planejamento financeiro, é possível fazer bom proveito desse recurso extra e não começar 2011 no vermelho.
Na casa da família Davini, todo fim de ano é programado para que o 13º pague uma viagem de réveillon. “Como gostamos muito de viajar e todos conseguem dias de folga nessa época, o 13º salário vai bancar uma viagem. Este ano, o destino será a África do Sul”, conta a empresária Silvana Santoliquido Davini. Para garantir recursos para a viagem, os Davini fizeram algumas economias e planejamento desde o início do segundo semestre. “Este ano não vamos fazer amigo secreto no Natal para economizar e poder usufruir esse dinheiro dos presentes na viagem.”
Os especialistas em finanças pessoais afirmam que o planejamento é mesmo essencial para quem pretende aproveitar o dinheiro extra do fim de ano da melhor maneira – seja o 13º salário ou os bônus (participação nos lucros e resultados das empresas pagos nesse período).
“Não é porque o dinheiro não estava no planejamento mensal que se pode gastar de qualquer forma. O ideal é se planejar para gastá-lo de forma organizada”, explica Fabiano Guasti Lima, pesquisador do Instituto Assaf, especializado em análises econômicas e financeiras.
No entanto, a forma de gastar esse salário a mais vai depender da situação financeira de cada um.
“Se tem dívidas, não há dúvida. Use esse dinheiro para pagar o que está devendo”, afirma Otto Nogami, professor de Economia da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap).
No caso do trabalhador que tem as contas em dia, mas não fez reservas para o fim de 2010 e começo de 2011, o 13º pode ser usado para pagar os presentes de Natal, gastos com as
festas, os
impostos (IPVA e IPTU) e
despesas de começo do ano, como matrícula e material escolar. Segundo o professor de finanças do Insper, Ricardo Rocha, vale a pena pagar os impostos à vista. “Nenhuma aplicação rende o mesmo que os descontos que serão dados no começo do ano”, diz.
Uma parte desse dinheiro extra também pode ser usado em investimentos. A recomendação dos especialistas consultados pela reportagem é guardar pelo menos 25% do valor recebido para aplicações, a mesma regra indicada no caso da renda mensal recebida pelo trabalhador.
(Luciele Velluto - O Estado de S.Paulo)
E você, já fez planos para o seu 13º salário?
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