Quando a viagem é longa, o corpo sofre por ficar muito tempo na mesma posição. Chega-se a passar horas sem movimentar as pernas, sentado desconfortavelmente. O resultado são
dores e inchaço dos membros inferiores, que podem levar a doenças mais graves, como a trombose. No verão, o quadro piora, pois as altas temperaturas favorecem a vasodilatação.
O cirurgião vascular do Hospital Nossa Senhora das Graças Jorge Rufino Ribas Timi afirma que
é possível evitar esses problemas com medidas que devem ser colocadas em prática durante o trajeto. Segundo ele, a situação é mais complicada em aviões, porque o espaço entre as poltronas é pequeno e, em alguns voos, está proibido circular nos corredores.
“O exercício pode ser feito sentado mesmo, ao flexionar os pés para cima e para baixo por 15 minutos, a cada hora. É importante mexer a musculatura da panturrilha, responsável por bombear o sangue que está nos pés de volta ao coração. É indicado também levantar as pernas de modo que os tornozelos fiquem pelo menos 10 centímetros acima da virilha. Esses movimentos diminuem o risco de se desenvolver uma trombose”, recomenda Timi, que também é professor de cirurgia vascular da Universidade Federal do Paraná e coordenador do Núcleo Integrado de Cirurgia Endovascular e de Pesquisa.
Outras medidas são:
tomar água; evitar as bebidas alcoólicas e comidas com excesso de sal; usar roupas e calçados confortáveis e evitar meias com elástico de fixação no tornozelo. Se a viagem for de carro ou ônibus, é importante fazer os mesmos exercícios de movimento dos pés e tornozelos e
caminhar pelo menos 15 minutos em cada parada.
Cuidados
O problema pode afetar mesmo pessoas saudáveis, se ela ficar muitas horas sentada, na mesma posição.
Nos casos de predisposição à trombose, o cuidado deve ser redobrado. É o caso da bióloga Maria Cláudia Maciel, de 28 anos, que sofre de insuficiência do retorno venoso na perna esquerda desde que nasceu e que, por isso, precisa ser mais cuidadosa na hora de viajar.
“No avião, procuro sentar em poltronas na saída de emergência, que têm mais espaço para esticar as pernas, e nos lugares próximos ao corredor, para ter mais liberdade para me movimentar”, conta.
Ela também toma medicamentos e usa meias de alta compressão, indicados pelo médico. Mesmo tendo que redobrar a atenção, Maria Cláudia não deixa de viajar. “Em agosto fui para os Estados Unidos e o voo durou 9 horas. Procurei levantar, caminhar bastante, apoiar minha perna. Não tive problemas”, diz ela.
(Fonte: Gazeta do Povo)
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