Muitas vezes por constrangimento das mulheres em andar com um preservativo, a pílula do dia seguinte costuma ser usada por algumas pessoas com muita frequência, vista como uma solução prática para evitar a gravidez indesejada diante de imprevistos.
No entanto, esse recurso é indicado apenas para casos de emergência e deve ser usado com cuidado, já que pode trazer efeitos colaterais irreversíveis.
A ação do levonorgestrel – progesterona sintética usada nos princípios ativos dos contraceptivos orais – pode inibir ou retardar a ovulação. Ou seja, ele é capaz de dificultar a passagem do óvulo ou do espermatozoide, além de provocar alterações no endométrio, bloqueando a implantação do óvulo.
Mas especialistas alertam que o uso frequente atrapalha a saúde reprodutiva das mulheres e pode, inclusive, causar infertilidade. Afinal, o medicamento provoca uma descarga hormonal muito intensa em curto prazo. O exagero prejudica o funcionamento do aparelho reprodutor feminino, dificultando futuras gestações.
Além disso, extrapolar na medida pode fazer o tiro sair pela culatra. Como o remédio causa um choque de hormônios no corpo da mulher, o ritmo hormonal fica todo desregulado, e com o uso frequente, o efeito contraceptivo pode ser perdido.
Portanto, se a mulher ingerir a pílula com frequência e em um curto período de tempo, o recurso pode não funcionar como método de emergência e a mulher pode engravidar. Também por isso, é prudente evitar usar demais o recurso.
Mesmo se considerarmos o uso não tão sistemático da pílula do dia seguinte como um parâmetro normal, ainda é possível que ela cause efeitos colaterais.
Entre os efeitos, a pílula pode causar dores de cabeça e no corpo, náuseas, diarreia e vômito. Na maioria das vezes, a pílula altera o fluxo normal da mulher, desregulando a menstruação.
Não existe idade mínima para tomar o medicamento, variando conforme a duração da vida sexual ativa. Mas é importante que antes de qualquer indicação ou contraindicação é preciso que haja uma avaliação pessoal.
O uso é contraindicado para mulheres com hipertensão descontrolada, problemas vasculares, doenças do sangue e obesidade mórbida. Mas são contraindicações relativas, que aumentam o risco de insucesso ou outros problemas e dependem de avaliação individual.
De toda forma, o acompanhamento de um ginecologista é indispensável a qualquer mulher, independente do uso da pílula. A partir da primeira menstruação, a menina deve sempre procurar orientação do profissional para conhecer com propriedade os métodos anticonceptivos e evitar danos à própria saúde.
(Fonte: Éverton Oliveira - Saúde Plena)
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