segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Drama de quem espera por um transplante de coração

Drama de quem espera por um transplante de coração No Paraná, pelo menos 46 pessoas aguardam por um transplante de coração. A dona de casa Rosenilda Moreira Pereira, de 41 anos, sabe bem o que é essa espera. Duas de suas filhas (uma com 7 e outra com 12 anos de idade) estão internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, há seis meses, aguardando este órgão vital. Neste caso, seriam dois corações que voltariam a bater, sadios, e que renderiam a vida das duas meninas. Porém, até agora não apareceu um órgão compatível. O drama de Rosenilda iniciou há 12 anos, quando dois de seus filhos morreram com o mesmo problema, a miocardiopatia dilatada. Na época, a doação de órgãos era ainda mais difícil, ainda mais nas cidades do interior (Rosenilda mora com o marido e os outros sete filhos em Piraí do Sul, a cerca de 300 km de Curitiba). Hoje, infelizmente, ela “mora” no hospital. Não arreda o pé de lá porque quer ficar perto das filhas, e também porque não é fácil viajar para longe com frequência. “Tenho fé em Deus, se não for ele, quem é que vai iluminar os médicos?”, indaga ela, emocionada. Rosenilda lembra de uma situação muito comum nos dias de hoje: a negativa das famílias em doar. “As pessoas não querem ver o ente querido ser enterrado sem um órgão, vazio, e eu também tinha essa visão até ver minhas filhas precisarem”, lamentou. Pela mesma situação passa o contador Sandro Zanchettin. Sua filha de dez anos de idade está internada há três meses aguardando um coração. “Agora eu e minha família vivemos cada dia, e a fé se renova. Acho que doar deveria virar lei”, afirma o pai. A dona de casa Ana Paula Spaniol conta que não conseguiu doar o coração de seu filho, falecido há seis anos em Sulina, no sudoeste do Paraná. Segundo ela, o sistema de captação de órgãos na cidade não conseguiu viabilizar o procedimento. Hoje ela está com sua filha de apenas dez dias internada em Curitiba. Ela fez uma cirurgia no coração, por ironia do destino. Cardiopatias De cada mil crianças nascidas no Brasil, oito têm problemas cardíacos congênitos. A cada ano, cerca de 30 mil crianças nascem com problemas no coração, em todo o país. O cardiologista Fábio Sallum explica que a as cardiopatias mais comuns são a comunicação entre os dois lados do coração (interatrial e interventricular); a transposição dos grandes vasos da base; a hipoplasia do ventrículo esquerdo e a miocardiopatia. A grande maioria das cardiopatias ou são congênitas ou são adquiridas, sendo muito difícil preveni-las. Para o médico, um grande problema hoje é o transplante. “Temos a baixa remuneração das equipes de captação de órgãos, as dificuldades na captação e ainda os problemas culturais e religiosos, que fazem com que as famílias não doem. Na minha opinião, a lei deveria estipular que só deve receber um órgão quem doa”, afirma o médico. (Mara Andrich – Paraná Online) Você é a favor de uma lei "só recebe quem doa?" Deixe abaixo o seu comentário. Uma ótima segunda-feira! Até /*--*/

Jovem Investidor: Poupança perde preferência

Jovem Investidor: Poupança perde preferência Corretoras criam carteiras voltadas para crianças e adolescentes. A boa e velha caderneta de poupança vem perdendo espaço quando o assunto é planejar um investimento para o futuro de filhos e netos. Com o tempo contando a favor, o investimento para as crianças pode ser dividido entre a segurança da previdência privada e do tesouro direto e a rentabilidade das ações. "A poupança não está protegida nem da inflação. A longo prazo, não é um investimento de boa rentabilidade", diz o professor de finanças do Ibmec, Breno de Campos. O professor de economia financeira da Estácio de Sá, Ricardo Moysés Resende, diz que a tradição de presentear os pequenos com uma caderneta de poupança deve ser, aos poucos, substituída por uma carteira de ações, como acontece em países como os Estados Unidos. "Quem me dera meu pai tivesse me dado umas açõezinhas quando eu era criança", brinca. Ele explica que quem quer buscar essa opção, deve diversificar os investimentos, mesclando aplicações de renda fixa e variável. Os dois especialistas alertam que antes de contratar fundos, tesouro direto, ações ou previdência privada é preciso ficar atento às taxas de carregamento e/ou administração cobradas pelos bancos e corretoras. Taxas de até 1% são consideradas razoáveis, mas há no mercado taxas de até 4%. Nas corretoras, as carteiras indicadas aos jovens são as mais arrojadas. "A empresa pode crescer junto com a criança", diz a diretora da Aporte, Rita Mundim. A corretora tem o BH Baby, um clube de investimento voltado para os pequenos e que já tem 51 sócios. A cota custa R$ 4,77 e já valorizou mais de 300% desde a criação. "A ideia é que eles façam pequenos investimentos, com a mesada", diz. A carteira é dividida ao meio, entre ações conservadoras, de grandes empresas como Vale, Petrobras e bancos, e empresas da chamada "nova economia", das áreas de tecnologia e energias renováveis, por exemplo. Em uma carteira tradicional, essas empresa mais novas entram, no máximo, em 20% da composição. Clubes de investimentos. Na corretora Geraldo Corrêa, os clubes com perfil mais agressivo também são os mais indicados para os jovens investidores. "A gente estuda o perfil do cliente, mas os jovens têm tempo para acumular capital e podem arriscar", afirma o encarregado de investimentos, Orlando Segadaes. Para investir em nome dos pequenos é preciso que eles tenham apenas CPF e conta ou poupança no banco. Educação financeira também se faz por meio da internet Jogos, fábulas, vídeos e quadrinhos. Elementos do universo infantil estão reunidos no site Turma da Bolsa (www.turmadabolsa.com.br), destinado a despertar o interesse de crianças de sete a dez anos para o mercado financeiro. Cerca de 5.000 crianças estão cadastradas e, de uma maneira lúdica, têm o primeiro contato com os conceitos básicos do mundo das ações. Esse é um dos programas de popularização desenvolvidos pela Bovespa. Segundo a coordenadora desses programas, Patrícia Quadros, o objetivo dos projetos de educação financeira é mudar a cultura de investimento. "Eles ensinam as pessoas a planejarem as finanças e, assim, é possível mudar de vida", diz. “Economia é mais forte com mais investidores” Qual a importância de se formar uma nova geração de investidores? O recurso mais barato para capitalizar uma empresa é o de ações. A pessoa passa a ser sócia, não está emprestando para a empresa. Com empresas bem capitalizadas e com dinheiro barato, a economia se torna forte e estável. O Brasil tem pouca tradição em investimento em mercado de capitais se comparado a outros países? Sim, especialmente se comparado a alguns países como Estados Unidos e os países europeus. Nesses países, o investimento de pessoas físicas é maior e não é volátil, comprar hoje para vender amanhã, quando a ação estiver mais cara. É um investimento mesmo de longo prazo. A pessoa escolhe boas empresas, que pagam dividendos para ter uma renda para a aposentadoria. O Brasil pode chegar a ter esse perfil ? Eu não tenho dúvidas disso e esses programas de popularização são muito importantes para isso. Ter mais investidores é importante para a pessoa, mas para a economia é fundamental. Com qual idade uma criança pode começar a ter contato com os conceitos do mercado financeiro? Eu colocaria uns seis anos. Tem sites voltados para crianças, elas podem aprender de forma bastante lúdica. É a melhor forma de despertar o interesse delas e depois dar prosseguimento a esse interesse. Como escolher um bom investimento para crianças? Isso depende de vários fatores, do tempo disponível, do perfil de quem vai fazer o investimento, da disposição para correr riscos. É preciso lembrar que quanto maior a possibilidade de retorno, maior o potencial de risco, mas o mercado de valores, a longo prazo, se apresenta como alternativa razoável. (Ana Paula Pedrosa e Queila Ariadne - O Tempo) Gostou desta matéria? Você planeja o futuro de seus filhos e netos? Comente! Até breve.