sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Quanto vale seu dinheiro?

Corte dos seus planos de compra o prazer que dura pouco e tira a oportunidade de consumo mais produtivo.
Há dois meses, estive em Lisboa para o lançamento de mais um livro meu em Portugal.

Na época, não haviam eclodido ainda os mais graves sinais da crise econômica, como o rebaixamento da nota de risco do país e o pedido de socorro à União Europeia.

Porém, o país já dava claros sinais da dificuldade de recuperação, incluindo desemprego e inflação em alta e esperança em baixa. Enquanto no Brasil nos referíamos à crise "de" 2008, em Portugal o termo usado era a crise "desde" 2008.

Em meio ao desânimo generalizado, demonstrei minha preocupação a meus editores, questionando se seria interessante, para eles, lançar novos títulos em um momento tão ruim do mercado.

Supunha que os trabalhadores portugueses tinham menos dinheiro no bolso para consumir qualquer coisa, incluindo livros.

Para minha surpresa, a resposta foi enfaticamente contrária às minhas suposições. Segundo meus editores, a crise que impunha mudanças até nos hábitos alimentares dos portugueses pouco influenciava o mercado de livros.

Acreditando que havia tropeçado em alguma diferença linguística entre os países, reformulei a pergunta com outras palavras, e recebi a confirmação estarrecedora: os portugueses realmente não abrem mão do consumo de livros.

Precisei de alguns minutos para digerir a informação, e a explicação foi admirável. Segundo meus editores, a compra de livros não tem exatamente a ver com a preocupação com educação ou com a flexibilidade de novos formatos de leitura.

Para os portugueses, assim como para a maioria dos europeus, leitura é lazer. Cinema, teatro, viagens, comer fora, práticas esportivas e jogos também são lazer, mas a procura por essas práticas havia caído drasticamente com a crise portuguesa.

O argumento para a sustentação na venda de livros era o de que o lazer obtido com um livro era barato, durava vários dias, podia ser repassado para toda a família e, ainda, doado a famílias com poder de consumo mais oprimido.

Em suma, o que sustentava o comércio livreiro em um país em crise era a durabilidade do prazer ou do benefício obtidos com esse tipo de produto. Nada traduz melhor o conceito de qualidade de consumo do que a ideia de obter do dinheiro um benefício mais duradouro.

Quando compramos um carro, levamos em consideração o benefício de contar com transporte por um longo período. Mas, ao comprar um carro com design diferenciado, maior potência e apetrechos tecnológicos, corremos o risco de desembolsar muito mais por benefícios apenas eventuais.

Só desfrutamos do design em situações sociais em que a imagem do carro seja associada à nossa.

O benefício da maior potência será tão frequente quanto forem nossas viagens. Os apetrechos tendem a cair em desuso, se não forem realmente funcionais. Comprar um carro popular e bem equipado tende a ser, na maioria dos casos, um consumo de mais qualidade do que comprar um carrão.

Quanto mais benefícios obtemos do nosso dinheiro, menos impulsos de consumo temos. O consumismo está diretamente relacionado à incapacidade de obter prazer duradouro nas compras, como uma droga que gera dependência. Por isso, a velha ideia de refletir antes de uma compra continua sendo uma das mais importantes ferramentas não só de consumo mas também de sobrevivência de nosso minguado saldo no banco.

Você quer mesmo aquilo que pensa em comprar? Ou é apenas um estímulo vindo de um vendedor habilidoso? Se quer, você precisa do que vai comprar? Se não lhe trouxer utilidade duradoura, esqueça. Há uso mais inteligente para seu dinheiro.

Se você quer e precisa, pergunte-se: você pode comprar?

Essa resposta só será obtida se você fizer a lição de casa antes de ir às compras. Não saia antes de checar o saldo na conta, a fatura do cartão e o orçamento doméstico.

Prazer que dura pouco e tira a oportunidade de consumos mais produtivos é justamente o que deve ser cortado de seus planos.
(Fonte: Gustavo Cerbasi - Folhapress)

 
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Leite é mais indicado para hidratar crianças do que água

A maneira mais eficaz de combater a desidratação em crianças muito ativas é oferecer mais leite do que água para elas. Essa é a conclusão de um estudo da Universidade McMaster, no Canadá.
E a recomendação vale ainda mais durante os dias quentes de verão, de acordo com Brian Timmons, diretor de pesquisa do Programa de Saúde da Criança e Medicina do Exercício, da Universidade McMaster, e principal autor do estudo.

- As crianças ficam desidratadas durante o exercício, e é importante que tomem bastante líquido, especialmente antes de ir para uma segunda rodada de um jogo. O leite é melhor do que qualquer outra bebida esportiva ou água, porque é uma fonte de proteína de alta qualidade, carboidratos, cálcio e eletrólitos.

Ele acrescentou que o leite substitui o sódio perdido no suor e ajuda o corpo a reter melhor o líquido. Assim, o leite fornece proteínas necessárias por crianças para o desenvolvimento muscular e crescimento que não é encontrada em outras bebidas.

O estudo realizado em crianças de oito a dez anos envolveu exercícios em uma câmara climática e o fornecimento de uma bebida. Ao mesmo tempo, era medido o nível de hidratação delas.

Timmons, professor assistente de pediatria da Michael G. DeGroote School of Medicine disse que as crianças ativas e adultos normalmente não bebem líquidos o suficiente para se manterem hidratados durante os exercícios, o que causa muitas vezes uma "desvantagem de hidratação" logo quando começam suas próximas sessões de exercícios.

De acordo com Timmons, 1% de desidratação pode causar até uma redução de 15% no desempenho, com um aumento da frequência cardíaca, temperatura corporal e menor capacidade de continuar o exercício. E uma desidratação mais acentuada aumenta o risco de doenças relacionadas ao calor, tais como insolação.
(Fonte: R7)

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