terça-feira, 2 de agosto de 2011

Estudo indica que azeite de oliva pode reduzir risco de derrame

Pessoas idosas que ingerem azeite de oliva correm menos risco de sofrer um derrame do que aquelas que não o fazem, sugeriu um estudo com mais de 7.000 franceses publicado nos Estados Unidos.

Pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica, em Bordeaux, França, acompanharam 7.625 pessoas, de 65 anos de idade ou mais, em três cidades --Bordeaux, Dijon e Montpellier-- por um período de cinco anos.

Durante esse tempo, houve 148 derrames. Os indivíduos foram divididos em grupos de acordo com o seu consumo de azeite de oliva, indo daqueles que não consumiam nada àqueles que usavam o produto em molhos, em receitas e no pão.

Quando os pesquisadores levaram em consideração fatores como a massa corporal, atividades físicas e a dieta, constataram que os consumidores "intensivos" de azeite de oliva tinham 41% menos risco de derrame comparados aos que nunca consumiam azeite.

"Nossa pesquisa sugere que uma nova série de recomendações de dieta precisa ser elaborada para prevenir derrames em pessoas de 65 anos ou mais," disse a autora do estudo Cecilia Samieri.

"Os derrames são tão comuns em pessoas idosas e o azeite de oliva pode ser uma forma barata e fácil de ajudar a prevenir isso."

As descobertas foram publicadas no "Medical Journal of the American Academy of Neurology".
(Fonte: France Presse)

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QUE VOCÊ TENHA UMA ÓTIMA TERÇA-FEIRA! /*--*/   

Falta educação para consumir no Brasil

A ascensão social impulsiona a economia do País, ao possibilitar a ampliação do consumo e do emprego. Basta olhar ao redor para perceber uma certa euforia do varejo em relação à classe C, que em virtude de políticas de transferência de renda e aumento do salário mínimo acima da inflação nos últimos anos mergulhou vorazmente no consumo de variados produtos, de iogurte a celular e computador, passando por TV de plasma e automóvel, além da casa própria.

Segundo pesquisa recente, realizada por uma empresa de cartão de crédito, só em 2010, 19 milhões de pessoas ascenderam à classe C, que já soma mais de 50% da população. Isso significa que 100 milhões de pessoas ocupam essa faixa intermediária, mais que as classes A, B, D e E somadas.

Essas transformações nos permitem viver hoje o modelo de sociedade de consumo que os norte-americanos conheceram ainda na década de 1970. Lembrando que a abertura econômica do Brasil ocorreu há apenas 20 anos, quando experimentamos os primeiros ares da globalização.

Os bons ventos que têm proporcionado a muitos brasileiros realizar seus sonhos, porém, trouxeram também um mar de problemas. Nossa sociedade de consumo ainda é um embrião, e por conta disso nem todos estão preparados para diferenciar consumo de consumismo, mantendo o controle diante do apelo de comprar hoje, sem saber se terá recursos para pagar amanhã.

Não é raro encontrar pessoas que quebrariam se perdessem o emprego, simplesmente porque comprometem toda a renda em prestações, e deixam de pagar as despesas essenciais. Vivemos um período de consumo competitivo ("eu sou o que tenho") e de abuso do crédito, que é cada vez mais fácil. Isso tem contribuído para uma parcela crescente de pessoas experimentarem o gosto amargo dos problemas financeiros. Nos Estados Unidos, jovens adultos estão começando a vida com mais dívidas no cartão de crédito do que qualquer outra geração.

Em um país onde se esperaria mais maturidade nesse quesito, estima-se que 70% dos jovens norte-americanos nunca falaram com os pais sobre finanças pessoais. Um termo, ainda que forte, foi cunhado com base nessa realidade: "analfabetismo financeiro".

Por lá, concluiu-se que a saída para evitar o desequilíbrio econômico das próximas gerações é incluir educação financeira no currículo das escolas, desde o ensino fundamental. Muitas organizações civis trabalham em parceria com o governo neste sentido, para que desde cedo os jovens entendam a importância de poupar para realizar seus sonhos.

No Brasil, o analfabetismo financeiro ainda passa de pai para filho. A inserção na sociedade de consumo veio desacompanhada da compreensão de que nem sempre querer é poder (pagar). Muitos brasileiros não sabem lidar com o dinheiro, por não terem recebido as informações nem na escola nem em casa para vencer as tentações de gastar demais e abusar do crédito, que hoje é abundante, mas ainda a taxas proibitivas.

É preciso achar um caminho urgentemente. Um deles é a educação, voltada não apenas ao planejamento financeiro, mas ao próprio planejamento de vida. Com a participação do governo e da sociedade em geral, é essencial preparar os professores para transmitir esses conceitos na fase de formação dos cidadãos.

Ainda na escola a criança saberá o quanto é importante adotar uma postura responsável em relação ao consumo e crescerá entendendo as recompensas que o equilíbrio financeiro traz a curto, médio e longo prazo. Não é só matemática, mas comportamento.

O fator cultural também pesa contra nós. Embora o sistema público de previdência dê sinais de que teremos de trabalhar mais tempo para nos aposentar, ninguém duvida de que o jovem dá mais status ao celular da moda do que a poupar para garantir independência financeira ou tranquilidade na velhice.

Nunca é tarde para buscar conhecimento e conscientização. Em geral, o consumidor não sabe calcular taxa de juros, apenas encaixa o valor da parcela na renda mensal ao optar por um financiamento, uma conta que apesar de simples esconde armadilhas. Só para citar um exemplo, quem financia um automóvel a uma taxa de 1% ao mês em 60 meses, ao final do período terá pago dois.

Se tivesse poupado, adiando o consumo pelo período para comprar à vista, teria o bem e ainda uma reserva em dinheiro. A inadimplência afeta não apenas o indivíduo, mas o País, na medida em que obriga ao uso de freios ao consumo para evitar a inflação, como o aumento dos juros, causando recessão e desemprego. É bom comprar, é bom vender, mas a melhor aquisição é aquela que respeita o orçamento e o padrão de vida de cada um.
(Fonte: Álvaro Furtado - DCI)

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Até breve...muito breve! /*--*/