quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Malhar de estômago vazio não ajuda a queimar gordura, diz estudo

Malhar enquanto se passa fome pode ir contra a sabedoria convencional, mas muitos atletas e "ratos de academia" fazem força com o estômago vazio, acreditando que dessa maneira irão queimar mais gordura.

O conceito, defendido em livros populares de condicionamento físico na última década, dita que o ato de exercitar-se com o estômago vazio força o corpo a buscar combustível nos depósitos de gordura acumulada em vez de correr atrás dos carboidratos mais facilmente disponíveis depois de um almoço ou lanche pré-malhação.

Mas, embora isso pareça fazer sentido, pesquisas mostram que exercitar-se desse jeito não oferece nenhum benefício, podendo inclusive trabalhar contra a saúde.

Após anos de revisão de pesquisas sobre o assunto, um relatório publicado nesse ano no "Strength and Conditioning Journal" concluiu que o corpo queima basicamente a mesma quantidade de gordura, desconsiderando se você se alimentou ou não antes do exercício. Porém, você pode perder musculatura fazendo esforço em um estado de esgotamento e, sem o combustível necessário para apoiar esse esforço, a intensidade do exercício e a queima global de calorias podem sofrer redução.

Uma das pesquisas revisadas para o relatório examinou ciclistas quando treinavam depois de comer e quando treinavam em jejum. Quando treinavam sem nada em seus estômagos, aproximadamente 10% das calorias queimadas vinham de proteínas, incluindo perda muscular.

Em uma outra pesquisa publicada em 2002, cientistas descobriram um benefício adicional de uma refeição pré-malhação: mulheres saudáveis que consumiam 45 gramas de carboidratos antes de seu exercício acabavam comendo menos durante o restante do dia.
(Fonte: New York Times)

Você se alimenta antes de fazer exercícios físicos?
 
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QUE VOCÊ TENHA UMA ÓTIMA QUINTA-FEIRA!

Endividamento das famílias: Preocupação nacional

Em Londres, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou a descartar risco de crise de crédito. Mas o assunto está vivo, no país. O boletim semanal da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) analisa os riscos de crédito e destaca que, apesar do crescimento recente, o total de crédito no Brasil, de 46,9%, está bem abaixo do resto do mundo.

"As linhas de maior crescimento têm sido as de menor risco, como crédito consignado e financiamento de veículos", destaca a entidade, lembrando que o governo já agiu para reduzir a ênfase nesses segmentos. Mesmo o crédito imobiliário, que tanto cresceu nos últimos anos, representa menos de 4% do Produto Interno Bruto (PIB). Lembra que a inadimplência é de 3,4% e as provisões dos bancos, de 166% do volume.

A entidade ressalta que, se algum risco há, está no "crescente comprometimento da renda das famílias, com o pagamento do principal e juros de suas dívidas, o que poderia provocar um forte aumento da inadimplência em algum momento nos próximos meses".

Em resumo: com juros muito acima do normal, as famílias correm alto risco. Tal fato é citado pelo jornal inglês Financial Times. Artigo de dois gestores de fundos de investimento, Paul Marshall e Amit Rajpal, destaca o forte crescimento do endividamento e da inadimplência entre os brasileiros em 2011 mesmo no cenário de expansão do emprego. Eles calculam que a classe média brasileira compromete hoje metade da renda com pagamento de dívida.

Para eles, uma piora do cenário econômico pode elevar ainda mais o calote, provocando o colapso do crescimento do país. Em artigo publicado em fevereiro, Marshall chegou a dizer que a situação brasileira era similar à dos Estados Unidos em 2008, ano em que explodiu a crise financeira norte-americana. No entanto, a Febraban procura acalmar o mercado, principalmente após estudo da LCA que enfocou o problema. Diz a entidade dos bancos:

"O relevante para a discussão é a sustentabilidade do ritmo de expansão do crédito, muito mais que a existência de bolhas. Nesse sentido, o avanço do crédito nos próximos anos deverá ser sustentado, dentre outros fatores, pelo alongamento dos prazos, queda das taxas de juros e expansão dos rendimentos, o que manteria a parcela da renda comprometida dentro de um nível saudável".

A análise da Febraban é interessante, mas resta saber como pode se referir a queda na taxa de juros, quando o Banco Central sinaliza que virão novos aumentos na taxa Selic. Possivelmente, de forma otimista, a Febraban acredita que, após a esperada alta de juros, virá uma fase de queda - que os brasileiros esperam há longo tempo.

Técnicos do IBMEC destacam alguns fatores preocupantes: a taxa de juros paga pelos consumidores subiu de 41% ao ano em 2010 para 47% ao ano em maio de 2011; a inadimplência - atraso de mais de 15 dias no pagamento - subiu de 7,8% em dezembro do ano passado para 9,1% em maio último e a poupança do país, soma de recursos que consumidores, empresas e governo acumulam - estava situou-se em apenas 17% em 2010, em comparação com 32%, que é a média dos países emergentes.
(Fonte: Sérgio Barreto Motta - Monitor Mercantil)

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