terça-feira, 30 de novembro de 2010

Com ar poluído, crescem os casos de rinite

Com ar poluído, crescem os casos de rinite Espirros seguidos, congestão nasal e uma coceira nos olhos, nariz e garganta que parece não acabar nunca. Esses são sintomas da rinite, doença alérgica que acomete cerca de 10% da população mundial. Quem tem a doença, cujas causas principais são ácaros e poeira, já nasce com ela. A manifestação costuma acontecer ainda na infância, geralmente depois do primeiro ano de vida. O agravante é que, agora, os cientistas estão preocupados com um outro tipo de rinite: a irritativa, que ganha espaço nas cidades, geralmente em metrópoles poluídas (como São Paulo, por exemplo). Em um ano, as queixas nos consultórios de pacientes adultos que nunca tiveram o problema aumentaram 30%, segundo a Sociedade Brasileira de Alergia e Imunologia. Um dos principais “vilões”, segundo os médicos, é o crescimento econômico – a poluição dos automóveis e a poeira levantada pelas obras pioram o quadro. “Entre as doenças respiratórias, a rinite foi a única que registrou aumento além do esperado e em pacientes que nunca tiveram nada parecido”, diz a otorrinolaringologista Francine Pádua, membro da diretoria da Academia Brasileira de Rinologia. Os poluentes no ar são os principais responsáveis pela rinite irritativa. “Partículas nocivas acumuladas na atmosfera aceleram inflamações da mucosa nasal”, diz o otorrinolaringologista chefe do Ambulatório de Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas, em São Paulo, João Mello Junior. Com dinheiro para gastar, as pessoas adquiriram mais produtos que, em casa, viram acumuladores de pó e que são inadequados para pacientes alérgicos, como almofadas, cortinas, tapetes e brinquedos. Objetos que Joseli de Mello Xavier Nakao, mãe de Gabriel, de 9 anos, teve de se desfazer desde que o filho foi diagnosticado com o problema, ainda bebê. “Deixo a casa bem arejada durante o dia e limpo com um produto contra ácaros. Também não varro a casa, só passo um pano úmido, para não levantar poeira.” Joseli e o marido, Nilton, também tiveram de encontrar uma solução para que Gabriel tivesse um bicho de estimação. “Como ele também é alérgico a pelos de animais, acabamos comprando uma tartaruga.” Os pais de Gabriel são alérgicos, o que explica a doença, que é de herança genética. “Para desenvolver a inflamação, a pessoa precisa ter o substrato genético com predisposição para reagir a algumas substâncias”, explica a alergologista chefe do serviço de alergia do Hospital Pequeno Príncipe e presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia seção Paraná, Sinara Sorice. Segundo ela, as chances de ter rinite saltam para 55% quando os pais têm o problema, contra 10% quando não há casos na família. Clima O tempo seco do último inverno, que foi intenso e durou semanas seguidas, leva parte da culpa nos casos de rinite irritativa. Dados da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo mostram que nas oito estações que medem a qualidade do ar houve uma redução de 40,5% nas medições consideradas boas entre abril e setembro deste ano, em relação a 2009 na capital paulista. Choveu pouco. E a frota de carros ganhou mais de 250 mil veículos desde setembro do ano passado. (Fonte: Gazeta do Povo) Dá-lhe a chuva desta madrugada de terça-feira em Curitiba, e que provávelmente permanecerá pelo dia todo (o que é muito bom para quebrar o clima seco dos últimos dias). Comente! Até breve...muito breve!

O Brasil que vai à bolsa

O Brasil que vai à bolsa A dona de casa gaúcha que virou especuladora na bolsa. Esse poderia ser o resumo da história de Elisa Gendelmann Tvorecki, de 27 anos, moradora de Porto Alegre (RS). Casada, em 2007 Elisa resolveu, por estímulo de seus pais, buscar uma atividade que pudesse exercer de casa e acabou descobrindo o home broker - o sistema de compra e venda de ações pela internet. Sem experiência na bolsa, ela deu os primeiros passos em um simulador de ações. "Comecei a aplicar um dinheiro 'fictício', usando gráficos", conta a dona de casa. Animada com os resultados e sentindo-se segura após ler livros e frequentar palestras sobre o mercado financeiro, no início de 2008 Elisa aderiu ao home broker. "Eu escolhia os papeis para comprar com os gráficos e vendia, em dois ou três dias ou até no mesmo dia, assim que o papel subisse", diz. A rotina de ganhos de Elisa foi interrompida pela eclosão da crise financeira internacional, em setembro de 2008, que derrubou as bolsas mundo afora. "Fiquei paralisada e, mesmo vendo os papéis caírem, não conseguia vendê-los", diz Elisa, ressaltando que, embora tenha estudado o mercado de ações, não estava totalmente preparada para o vaivém da bolsa. "A sorte é que eu investi um dinheiro de que não precisava e posso esperar o mercado subir, mas o certo era ter um objetivo claro de ganho e uma estratégia para operar na baixa", acrescenta, reconhecendo que se transformou, mesmo sem querer, em uma investidora de longo prazo. A história de Elisa ilustra o interesse cada vez maior dos investidores pelo mercado acionário e também o desafio de educar os brasileiros para o risco, aponta o economista Raymundo Magliano Neto, diretor da Trade Network, empresa organizadora da Expo Money, tradicional evento de divulgação do investimento em ações. Este ano, a Expo Money já passou por São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, recebendo ao todo mais de 26 mil visitantes. "Esse interesse por ações está presente em todo país e cada Estado tem uma característica a ser trabalhada", afirma Magliano Neto. Um amostra das peculiaridades de cada região, diz Magliano, pode ser obtida com os resultados de pesquisa realizada com o público da própria Expo Money. As mulheres gaúchas, por exemplo, são as que menos se interessam em aplicar em ações. Elas representaram 26% dos visitantes da feira mais recente em Porto Alegre, ante 35% em São Paulo, 33% no Rio de Janeiro e 32% em Belo Horizonte. Apesar do interesse reduzido das mulheres, os gaúchos são os investidores mais agressivos entre os quatro Estados pesquisados. Entre os visitantes da feira, 45% disseram que aplicam em ações, muito acima do percentual registrado em São Paulo (36%), Rio de Janeiro (33%) e Belo Horizonte (29%). "Notamos que no Rio Grande do Sul há uma cultura de aplicar em ações que passa de pai para filho, já que muitas pequenas empresas familiares do Estado acabaram indo para a bolsa, como Randon, Marcopolo e Weg", diz Magliano Neto. Já o investidor mineiro, ressalta o executivo, é mais conservador e desconfia um pouco da aplicação em ações, que parece algo distante de sua realidade "É preciso fazer um trabalho de aproximação entre as pessoas e as corretoras, para que elas comecem a investir", afirma. Até meados de 2007, a mineira Daniele Cristina Ribeiro, de 28 anos, se refugiava na boa e velha caderneta de poupança e pensava que aplicar em ações era algo reservado para quem tivesse "um bom dinheiro", por exemplo. "Não sabia também que poderia vender as ações a qualquer momento", lembra Daniele. Após um curso sobre mercado de acionário, ela se arriscou a aplicar em um fundo de ações. A boa experiência fez com que Daniele migrasse logo em seguida para a bolsa. Animada com os bons resultados, em janeiro do ano passado, ela resolveu arriscar. A mineira vendeu parte de sua carteira de ações para comprar papeis da Telebrás, que subiam com os rumores de reativação da estatal (que se confirmaram). "Comprei R$ 1 mil, vendi e ganhei R$ 600 com a valorização", lembra. Entusiasmada, Daniele comprou mais ações da Telebrás, mas desta vez os papeis despencaram e ela perdeu os R$ 600 que havia ganhado antes. "Não satisfeita, comprei mais e elas caíram de novo, e até agora não recuperei o valor aplicado", conta. "Com essa experiência, aprendi a controlar a emoção e não ficar vendendo e comprando uma ação sem ter conhecimento do mercado", diz. (Fonte: Antonio Perez - Valor Online) Comente sobre esta matéria logo abaixo. QUE VOCÊ TENHA UMA ÓTIMA TERÇA-FEIRA! Até breve...muito breve! /*--*/