quinta-feira, 2 de junho de 2011

Avós devem participar da educação financeira dos netos

Quando eles foram criados, não existia uma educação financeira formal - nem mesmo existiam canais de comunicação tão ágeis quanto hoje -, mas isso não impediu que eles aprendessem a lidar bem com o dinheiro.

A vivência deles em um País que passou por diversos problemas econômicos no passado já é mais do que o suficiente para que saibam bastante sobre como administrar suas finanças pessoais e para que ajudem na criação das gerações futuras.

"O que os avós de hoje já passaram - crises, hiperinflação, guerras e escassez - fez com que eles aprendessem bem mais do que o que está nos livros", afirmou o especialista em educação financeira Álvaro Modernell, sobre o porquê os avós têm condições de ajudar na educação financeira de seus netos.

Ajuda

De acordo com Modernell, normalmente, a imagem que se tem dos avós na educação financeira dos netos não é nada positiva. "O que se pensa é que os pais educam para os avós estragarem, porque são mais benevolentes", ressaltou.

Porém, isso acontece porque não existe diálogo. O melhor caminho para os avós ajudarem na educação financeira das crianças é "combinar regras". Um exemplo: não adianta nada os pais determinarem uma mesada mensal se os avós derem dinheiro o tempo todo para a criança. Isso não significa que não possam dar o dinheiro, mas que isso seja feito com o apoio dos pais.

Uma outra forma de educar financeiramente é não dar tudo o que a criança deseja, o que todo mundo sabe, mas poucos conseguem fazer. "A criança quer comprar algo?

Então deixe que ela junte e se esforce, para depois ajudar, se ele mostrar que quer mesmo aquilo", afirmou Modernell, para quem é preciso premiar pelo "sacrifício" de poupar.

Enfim, de acordo com Modernell, os avós têm de consultar os pais antes de tomar qualquer atitude, isso se a família se preocupa com a educação financeira das crianças.

Aliado

Modernell ainda ressaltou o que o avós têm a seu favor o que os pais não possuem: tempo livre. Como muitos deles estão aposentados, podem despender mais horas de seus dias para conversar com os netos sobre dinheiro.

"Hoje em dia, nem sempre os pais sentam com os filhos para contar histórias. Os avós podem usar fábulas e ensinar. A Galinha dos Ovos de Ouro, por exemplo, pode passar a mensagem de como a ganância pode prejudicar uma pessoa e a Formiga e a Cigarra, de como é importante poupar", exemplificou o especialista em educação financeira.

Mas nada é tão eficiente quanto contar para as crianças histórias de vida, em que os personagens são os próprios membros da família. Assim, eles aprendem melhor os ensinamentos da educação financeira, porque se envolvem mais.

Princípios

Confira abaixo quais são os princípios de educação financeira que os avós podem passar para os netos, os quais têm relação com sua experiência de vida:

O dinheiro não é o mais importante na vida: quem viveu mais tempo tem mais certeza disso do que quem está em busca do sucesso financeiro, como os pais.

Também sem dinheiro é possível se divertir: muitos pais pensam que levar para uma lanchonete é um programa familiar, mas os avós vão além e se comprometem a fazer um piquenique, que não é só chegar, consumir, pagar e ir embora.

Não é preciso comprar o tempo todo: nem tudo é descartável e é possível construir o próprio brinquedo. A criança passa a valorizar aquilo que não é "comprado em shopping".

O que é caro ou barato: a correria do dia-a-dia não permite aos pais pesquisar tanto os preços, o que os avós podem fazer.

O que a mídia diz não é regra: os avós ajudam a equilibrar o bombardeio que a mídia faz, prezando marcas mais caras, às vezes para produtos que não têm tanta qualidade.
(Fonte: Flávia Furlan Nunes)

Você participa da educação financeira de seus netos? De que maneira?

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Educação contra bullying começa em casa

O bullying acontece quando uma pessoa pratica atos de violência física ou psicológica contra outra que, por algum motivo, não consegue se defender. Essa atitude frequentemente causa traumas que podem acompanhar um indivíduo durante anos. Muitas vezes, o bullying acontece entre crianças, sendo que o “valentão” pode continuar agindo dessa forma durante toda a sua vida. Uma forma de impedir que crianças desenvolvam esse comportamento é através da educação que os pais dão aos seus filhos dentro de casa e também o modo como o relacionamento entre os adultos e a criança é estabelecido.

Uma pesquisa desenvolvida nos centros médicos University of Texas Southwestern Medical Center e Children’s Medical Center (EUA) analisou a ocorrência de bullying em filhos de pais que participaram de um estudo nacional sobre saúde infantil de 2003 a 2007. De acordo com esses dados, uma em cada seis crianças entre as idades de 10 e 17 anos praticou o bullying frequentemente durante 2007. Em 2003, 23% das crianças tinham agredido colegas de alguma forma e em 2007 essa estatística aumentou para 35%.

O estudo mostrou que a maioria das crianças que agiam de forma violenta contra outras tinham problemas emocionais, comportamentais ou desenvolvimentistas. Entre as crianças que não praticavam o bullying, as chances de essas complicações ocorrerem eram três vezes menores, sendo que um em cada cinco agressores apresentava algum desses problemas.

Para evitar o bullying e promover a saúde mental da criança, os pais devem estar atentos ao comportamento dos filhos e manter diálogos com as crianças. Alguns fatores que podem aumentar as probabilidades de a criança começar a agredir colegas é a forma como os pais a tratam, sendo violentos ou deixando claro que ela é um incômodo. A autora da pesquisa Dra. Rashmi Shetgiri, afirma que “os pais podem encontrar formas efetivas de administrarem qualquer sentimento de raiva contra a criança e podem trabalhar com profissionais para terem certeza de que quaisquer preocupações emocionais ou comportamentais que eles tiverem com a criança, assim como com a saúde mental deles mesmos, serão abordadas”.

A pesquisa foi apresentada na reunião anual da Pediatric Academic Societies.
(Fonte: Uol – UPI)

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