terça-feira, 9 de agosto de 2011

Alta nos preços muda hábitos alimentares no mundo

O alto preço dos alimentos está mudando os hábitos alimentares da população mundial, em geral para pior, revela uma pesquisa realizada em 17 países, incluindo Brasil, México e Espanha, e divulgada pela ONG Oxfam International.

No total, 53% dos entrevistados responderam que não comem do mesmo modo que há dois anos, devido à atual crise alimentar, e quase quatro a cada 10 pessoas atribuem a mudança em sua dieta à alta nos preços dos alimentos, revela a pesquisa elaborada pela GlobeScan.

No México, por exemplo, 65% dos entrevistados disseram ter mudado seus hábitos alimentares e 54% atribuíram a situação a questões econômicas.

Dos 61% que modificaram seus hábitos alimentares na Guatemala, 48% citaram a elevação dos preços.

No Brasil, dos 34% que mudaram sua dieta, 55% o fizeram por razões econômicas, do mesmo modo que na Espanha, onde sobre 45%, a questão dos preços motivou 46%.

"Nossas dietas estão mudando rapidamente e para muita gente isto é para pior. Uma enorme quantidade de pessoas, especialmente nos países mais pobres, está reduzindo a quantidade ou a qualidade da comida consumida devido ao aumento dos preços dos alimentos", disse Jeremy Hobbs, diretor-executivo da Oxfam.

A Oxfam pede aos líderes das potências industrializadas e emergentes que "passem à ação para reparar um sistema alimentar falido".

"Devem regular os mercados de matérias-primas e reformular as políticas dos biocombustíveis para manter os preços dos alimentos sob controle. É preciso investir nos pequenos produtores dos países em desenvolvimento e ajudá-los a se adaptar à mudança climática", destacou Hobbs.

A pesquisa foi realizada de 6 de abril a 6 de maio, com 16.421 pessoas em 17 países, como parte da campanha lançada recentemente para eliminar a fome no planeta, que tem o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
(Fonte: France Presse)

Você muda sua alimentação de acordo com os preços dos alimentos?

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Existe limite de idade para começar a investir?

Os compromissos financeiros, as contas apertadas por conta dos gastos com os filhos, a falta de um planejamento adequado. Por conta destas e de diversas outras “variáveis”, não são poucas as pessoas que chegam à terceira idade sem ter conseguido fazer investimentos ao longo da vida.

Entretanto, de acordo com os educadores financeiros, nunca é tarde para começar a investir. Os profissionais da área ressaltam que o ideal é começar a pensar em aplicações financeiras o quanto antes, mas, se isso não tiver acontecido e você já estiver na terceira idade, não deve deixar de pensar em investir para realizar seus sonhos e garantir uma velhice mais tranquila.

“Quanto mais cedo se pensar em investimentos, melhor. Mas nunca é tarde para começar”, afirma o educador financeiro e fundador do Centro de Estudos e Formação de Patrimônio Calil & Calil, Mauro Calil.

Ele ressalta que a expectativa de vida do brasileiro aumentou bastante nos últimos anos e, por isso, não se deve deixar de investir apenas por conta da idade avançada.

“Nós estamos vivendo mais. Hoje em dia, as pessoas de 80 anos ainda têm boa saúde. Então, mesmo com 60 a 70 anos, é bom pensar em guardar para o futuro, que pode ser mais 30 anos de vida”, afirma.

Tempo é o melhor aliado para o planejamento

A educadora financeira e diretora do The Money Camp, Silvia Alambert, ressalta que o tempo é o melhor aliado para os investimentos e o planejamento financeiro adequado. Entretanto, ela concorda que é possível iniciar os investimentos financeiros mesmo depois de uma idade mais avançada, sempre com objetivos adequados à situação de cada um.

Na terceira idade, os objetivos costumam ser diferentes. A maioria das pessoas já não tem as obrigações financeiras para construção de patrimônio e podem investir pensando em outras coisas”, afirma a educadora. “Uma viagem com um grupo de amigos, comuns nesta fase da vida, ou alguma outra atividade que interesse aquela pessoa podem ser conquistados com um investimento”, completa.

Planejamento financeiro

Apesar de haver uma diminuição das obrigações em relação a filhos e construção de patrimônio, Mauro Calil ressalta que algumas contas acabam ficando mais caras nesta fase da vida. “O gasto com remédios fica muito mais alto, assim como o plano de saúde. A inflação na terceira idade também é maior”, afirma o educador financeiro.

Por isto, ele lembra que é importante fazer um planejamento financeiro mesmo nesta fase da vida, para que possa sobrar um dinheiro para investir e realizar os sonhos.

“O caminho é o mesmo. Primeiro, é preciso eliminar todas as dívidas e ter uma fonte de renda”, diz.

Se a aposentadoria não for suficiente para todos os gastos e um possível investimento, mas se a saúde estiver em dia, ele aponta que também é possível conseguir renda com algum emprego.

“Tem muita coisa que pode ser feita nesta idade. Desde cuidar de crianças, para as mulheres, até os chamados 'maridos de aluguel', que realizam pequenos reparos em domicílio. Os homens de mais idade costumam ter muito mais paciência e conhecimento para este tipo de atividade", diz Calil.

Onde investir

De acordo com os educadores, nesta idade, o melhor mesmo é não arriscar muito e manter todos os recursos (ou a maioria deles) em investimentos conservadores.

“Depois de uma certa idade, não é aconselhado arriscar. O próprio perfil do investidor muda, ele normalmente já não quer fortes emoções”, afirma Silvia.

Mauro Calil concorda. “O ideal é partir para os títulos do Tesouro Direto, CDB Direto ou fundos de renda fixa”, afirma. Segundo ele, em alguns casos, é possível colocar uma pequena parte em renda variável.

“Mas isso apenas para 'temperar' os investimentos e depois que ele já tiver uma carteira montada em renda fixa”, afirma o educador financeiro.
(Fonte: Diego Lazzaris Borges - InfoMoney)

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