quarta-feira, 15 de junho de 2011

Felicidade: o lançamento do Século XXI

Há alguns dias atrás li um artigo muito interessante do filósofo francês Pascal Bruckner, intitulado “Condemned to Joy” (Condenados à Felicidade). No artigo, o autor passeia pela História da Humanidade evidenciando a relação do Homem com esse sentimento até chegar aos dias de hoje, onde vivenciamos o “Culto à Felicidade”. Essa disseminação indiscriminada da ideia de que temos a obrigação de sermos felizes e fazermos nossos filhos felizes é bastante perigosa.

Primeiro, porque é a maneira mais eficaz de enlouquecer a humanidade – e isso não é difícil de constatar, já que o mal deste século se resume ao tédio e à sua expressão mais poderosa: a depressão, presente até em crianças! Segundo, porque a felicidade é colocada como algo que pode ser adquirido através do consumo dos mais variados bens e serviços: carros, casas, terapias, cirurgias, cursos, viagens, cosméticos, tratamentos etc.

Como o próprio texto diz, a felicidade nos foi negada durante muito tempo, mas agora está disponível em uma loja perto de você e pode até ser entregue, em sua casa, em apenas um dia útil após a confirmação do pagamento!

A felicidade é o grande "lançamento" do século XXI e todo mundo quer tê-la (e pode tê-la). Como se “ser feliz” fosse a nossa grande recompensa ou a grande meta da Humanidade, quando na verdade essa grande recompensa ou meta é o EQUILÍBRIO. E, veja que coisa curiosa: quanto mais nós buscamos a felicidade, mais desequilíbrios nós causamos aos nossos filhos, a nós mesmos, à nossa comunidade, ao planeta e por aí vai.

Sem querer enveredar por um discurso “ecológico-bola-da-vez”, a busca e a tendência ao equilíbrio são marcas registradas do nosso planeta. É uma coisa que, de tão óbvia, parece que nem existe. As leis naturais que estão aí desde antes da nossa aparição sobre a face da Terra – e que provavelmente continuarão a existir mesmo que a nossa espécie desapareça – nos ensinam, ou pelo menos nos alertam, para essa grande meta.

A Humanidade sempre se relacionou com a natureza – que afinal é o que, em última instância, dita a qualidade de vida e de morte neste planeta (e não os avanços tecnológicos, que claro têm seu valor) – como se ela fosse uma vilã e não uma mestra.

Teimamos em negar a busca pelo equilíbrio em nome da busca pela felicidade. Entretanto, essa atitude traz como efeito colateral o medo da fragilidade, o medo de sentir-se não feliz. Digo não feliz porque temos medo de sentir (ou pelo menos de admitir, como o próprio texto coloca) qualquer outro sentimento como tristeza, raiva, ansiedade, medo, insegurança, frustração e euforia. Como se a felicidade fosse um antídoto para esses “estados mentais anormais”.

Uma vez ouvi uma metáfora que acho que cabe muito bem aqui. As pessoas tendem a achar que um indivíduo “feliz” ou equilibrado se assemelha muito a uma rocha: estável, inabalável, forte. Mas na verdade, a pessoa verdadeiramente equilibrada se parece muito mais com um móbile.

E o que é um móbile se não um todo feito de várias partes – e que, diga-se de passagem, quanto mais partes tem, mais atraente é – que se estiverem em perfeitas condições sempre farão com que o todo volte naturalmente ao equilíbrio mesmo depois de um tapa, uma mexidinha, uma brisa ou uma ventania?

Como todo grande avanço em termos sociais, políticos ou econômicos sempre teve como mola propulsora o sofrimento generalizado da Humanidade, acho que o efeito colateral desse grande “lançamento” do século XXI contribuirá, sobremaneira, para que a humanidade inicie sua caminhada rumo ao equilíbrio.

Se nós não quisermos sucumbir ou ver nossos filhos sucumbirem a essa propaganda enganosa de consumir felicidade - e acabar levando para casa uma saco cheio de vazio - a única saída é buscar o equilíbrio. A única saída é tomar conhecimento das partes que compõem o todo, aceitá-las e sair por aí virando móbile, sem a menor pretensão de ser feliz!
(Fonte: Dinheirama)

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Confira dez dicas para cuidar da saúde no trânsito

Os congestionamentos das grandes cidades acabam com o bom humor de qualquer um. E, além disso, também interferem na saúde.

Dirigir diariamente no trânsito lento pode provocar dores crônicas na coluna e nas articulações, além de piorar varizes. "É comum vermos hoje em dia pessoas que passam cerca de três horas seguidas na direção. Esse fator pode ser muito prejudicial, especialmente para quem não possui o hábito de praticar exercícios físicos regulares", disse o ortopedista Douglas Rocha Russo, do Hospital São Luiz, de São Paulo. O tempo ideal para permanecer no veículo é de, no máximo, 50 minutos.

Para auxiliar no alongamento dos músculos e ativar a circulação, o médico sugere 10 medidas simples. Confira abaixo:

Para dirigir

1 - Coloque uma pequena almofada para apoiar a coluna lombar, se o encosto do carro não tiver regulagem para essa parte do corpo;

2 - Evite deixar a cabeça muito abaixada e para trás;

3 - Segure o volante com os braços levemente flexionados. Relaxe os ombros. Assim, a musculatura do pescoço não fica tensionada;

4 - Apoie os calcanhares no assoalho do veículo, para evitar sobrecarga da coluna lombar. Pela mesma razão, os joelhos devem estar no nível dos quadris ou acima;

5 - Ajuste o banco de modo que, mesmo quando estiver pressionando os pedais, os joelhos continuem um pouco flexionados.

Quando o trânsito estiver parado

1 - Estique e flexione os pés e os tornozelos, para melhorar a circulação;

2 - Puxe o joelho em direção ao tórax, ao lado do volante;

3 - Eleve os braços, coloque-os por trás da cabeça, alongue ombros e cotovelos, flexione os punhos;

4 - Para alongar a musculatura que sustenta as vértebras, projete-se para frente, abraçando o volante;

5 - Empurre a cabeça para a direita e a esquerda, o que diminui dores no pescoço.
(Fonte: Terra – Saúde)

Ótimas dicas para quando estiver no trânsito,  

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