segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Compras coletivas, dívidas pessoais

Diante dos inúmeros e-mails que recebi de sites de compras coletivas, não posso deixar de sugerir aos leitores do portal da Mais Ativos para pensar um pouco a respeito disso. Vocês também têm tido suas caixas de entrada abarrotadas de ofertas sugeridas pelos sites? E o que têm achado? As ofertas são variadas e tentadoras, com descontos de até 70% em vários produtos e serviços. Estética, alimentação, hospedagem, saúde... Para quem gosta de consumir, é um prato cheio. Com apenas alguns clics é feita a escolha e o pagamento. Fácil. Rápido. Sem muito tempo para pensar. Os descontos parecem justificar quase qualquer coisa, até aquilo que nem se teria pensado adquirir algum dia. Até parece que o que se compra é o desconto, não o produto anunciado. Se as pessoas conseguissem consumir apenas aquilo que fossem adquirir de qualquer forma, aí sim estariam economizando. Mas é comum surgir a empolgação e consumirem coisas que nem estavam nos planos, aumentando assim o desperdício do próprio dinheiro. Esses sites estimulam a ação de pessoas que têm perfil compulsivo, por tudo ser muito rápido. Diante da tela do computador, como que hipnotizadas, as pessoas param menos para pensar no que fazem. Depois de efetuada a compra, desfazer o negócio fica complicado, e assim uma bola de neve de endividamento e gastos além dos possíveis entra em cena. Fico impressionada de ver como a cada dia surgem novas formas de sermos convidados (induzidos) a consumir. Nem mesmo em nossos lares estamos imunes aos chamados. Sentamos para ver nossos recados pessoais e plin: lá está alguém que nos chama... Adão no paraíso teve apenas um chamado para comer a maçã, mas nós, pobres mortais, as ofertas nos entram pelas orelhas, olhos, caixa de correio, na rua, em casa... Temos que ser lúcidos e fortes para resistir. Temos que ter certeza de onde queremos chegar e como o faremos. Caso contrário, seremos vítimas fáceis das técnicas hipnóticas do marketing que permeiam nossos dias. Porque comprar e gastar dá prazer. Há que se aprender a ter prazer também retendo, guardando. E este exercício se aprende e aprimora dia a dia. Pois sabe-se lá o que inventarão amanhã para nos chamar a consumir? As compras são coletivas. Mas nunca, nunca devemos esquecer que as dívidas são pessoais e intransferíveis e melhor que nem sejam, se adultos quisermos ser! Dia após dia receberemos as colheitas do que semearmos, com juros e correção monetária. Melhor ter o dinheiro em nossa conta para receber estes dividendos não? Boas compras são compras feitas com calma e lucidez. Sempre. (Fonte: Marisa Gabbardo, Psicóloga, para o portal da Mais Ativos) Qual a sua opinião em relação às compras coletivas? Comente, QUE VOCÊ TENHA UMA ÓTIMA SEMANA!

Cada vez mais cedo

O assunto deixa muitos pais de cabelos em pé e os especialistas garantem que é verdade: as crianças de hoje se desenvolvem muito mais rápido que as de décadas atrás. E a culpa, segundo o médico endocrinologista e membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) Henrique Suplicy, está no peso. “A obesidade acelera o processo de puberdade porque esse excesso de peso leva a uma produção precoce e mais rápida de hormônios, acelerando o processo tanto nas meninas quanto nos meninos”, diz. Para ele, outro fator determinante passa longe da alimentação. “A exposição à sexualidade cada vez mais cedo faz com que as crianças sejam mais precoces. Se elas têm o hábito de ver cenas de sexo na tevê, por exemplo, provavelmente desenvolverão muito mais cedo sua sexualidade.” Hoje, 9 anos é a idade normal para uma menina começar a ter sinais de puberdade, como desenvolvimento das mamas. Entre os meninos, o normal é que a partir dos 10 anos começem a aparecer pelos e aumento do volume dos testículos. “Antes disso, a puberdade é considerada precoce e ela deve ser encaminhada a um endocrinologista.” Pequenos estão acima do peso Se os adultos de hoje mostram problemas de saúde derivados dos novos hábitos de vida, entre as crianças e adolescentes, a situação é ainda mais grave. Os números mostram o tamanho do problema: segundo a pesquisa Vigitel, em 2009, 33,5% das crianças entre 5 e 9 anos tinham excesso de peso e 14,3% eram obesas. Entre os pequenos, a combinação de uma alimentação errada, cheia de salgadinhos, biscoitos recheados, fast food, refrigerantes e guloseimas, com a falta de exercícios físicos regulares pode ser explosiva. “Antes, era raro uma criança sedentária, porque elas brincavam na rua o dia todo e isso exigia que corressem, pulassem e se movimentassem bastante. Hoje, o oposto impera e, por causa da violência, o videogame, a tevê e o computador viraram as principais fontes de entretenimento”, explica Victor Horácio de Souza Costa Júnior, médico pediatra do Hospital Pequeno Príncipe e professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Doenças de adulto O resultado de uma alimentação mais pobre em nutrientes importantes e poucos exercícios ao ar livre é um grande mal para a saúde. “Obesidade nunca vem sozinha e traz uma série de complicações. Hoje, há um número significativo de crianças e adolescentes que sofrem com doenças de adultos, como hipertensão, problemas articulares, diabete, enfarte e AVC, todas em decorrência do excesso de peso”, diz Rosana Radomiski, presidente da Associação Brasileira paro o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso). Por isso, segundo Costa Júnior, o aumento de peso dos filhos deve ligar o sinal de alerta entre os pais e inspirar bastante preocupação. “Crianças obesas têm grandes chances de serem adultos igualmente gordos, gerando complicações da saúde e uma diminuição drástica da qualidade de vida. Ações simples, como se alimentar com qualidade e praticar esportes regularmente, fazem uma diferença e tanto neste sentido.” (Fonte: Gazetado Povo - Rafaela Bortolin) Você se preocupa com a alimentação de seus filhos? Comente, Até breve...muito breve!
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