segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Seis razões para alugar em vez de comprar um imóvel

Na semana passada o coração falou mais alto do que a razão nos argumentos de Maria, que tenta convencer José de que é melhor comprar do que alugar. Agora chegou a vez de José demonstrar à Maria que alugar um imóvel não é tão ruim quanto ela pensa. USE A CALCULADORA Maria planeja utilizar a poupança de R$ 100 mil para dar de entrada na compra de uma casa de R$ 200 mil. O capital que falta virá de um financiamento de R$ 100 mil que consumirá cerca de R$ 1.030 da renda familiar. José, com a calculadora em mãos, demonstra que o financiamento de R$ 100 mil terá custado, ao final de 30 anos, R$ 300 mil. José faz as contas e explica que eles vão deixar de receber R$ 600 por mês de juros da poupança, além de assumir a prestação mensal de R$ 1.030. Impacto de R$ 1.630 por mês no orçamento deles. Atualmente, eles moram em casa alugada por R$ 950 por mês, avaliada em R$ 200 mil. José planeja continuar morando de aluguel e investir a diferença de R$ 680 (R$ 1.630 - R$ 950) na poupança. Com taxa de juro real líquida de 0,5% ao mês, em 30 anos eles terão ativos financeiros de R$ 683 mil que continuarão a gerar renda. E durante 30 anos não terão o peso da dívida, porque morarão de aluguel. A boa notícia de José é, entretanto, a má notícia de Maria. MORO ONDE QUISER A profissão de Pedro, irmão de Maria, requer que ele se locomova com frequência. Já foi transferido de região, em uma mesma cidade, algumas vezes. Já morou em quatro cidades e sabe que pode ser transferido novamente. Muito complicado, e caro, devido aos custos contratuais, comprar um imóvel em cada cidade por onde a família passou. Morar de aluguel tem sido uma decisão sábia tomada por eles. Pedro e a mulher se preocupam com a educação das crianças, que estão sempre mudando de escola, e com o sonho adiado de serem donos de uma casa. CASA SEMPRE NOVA José não pretende ficar a vida inteira no mesmo lugar. Argumenta com Maria que quem mora em imóvel alugado pode morar sempre em uma casa novinha, moderna, localizada onde for conveniente para a família, em função de escola e trabalho. O contrato de aluguel deles vence daqui a um ano e meio e José já está de olho em um novo apartamento, maior, com varanda e piscina para as crianças curtirem. Até lá, já não será tão novo assim, e o valor do aluguel deve cair, pensou. Maria fica arrepiada só de pensar em uma nova mudança. DESVALORIZAÇÃO O irmão de José está muito preocupado porque a prefeitura deve construir um viaduto perto da casa onde ele mora. Problema à vista! O imóvel deve se desvalorizar e ele não terá outra opção a não ser vender o imóvel para a prefeitura, que está desapropriando a região. Maria concorda com José que, se o irmão dele fosse inquilino, e não proprietário, mudaria para outro imóvel, deixando o problema para o dono resolver. MANUTENÇÃO As despesas de manutenção da casa própria são eternas. O dono nunca se livra da necessidade de consertar, reformar, decorar e ampliar. Maria concorda com o argumento de José que o aluguel é uma maneira tranquila de se libertar desse problema e de suas despesas decorrentes. Cabe ao proprietário do imóvel -e não ao inquilino- custear as despesas de manutenção do imóvel. ATIVO QUE GERA RENDA A casa própria é um ativo que só gera despesa, para o resto da vida, diz José. Os ativos que ajudam a construir riqueza são aqueles que geram renda, como os ativos financeiros. Nosso desafio é construir um patrimônio que financie nossa velhice para que possamos parar de trabalhar e curtir a vida. Se todo o nosso patrimônio for a casa própria e os carros, ambos quitados, teremos ativos que tiram dinheiro do nosso bolso. Maria não gosta muito da teoria, mas é obrigada a concordar que faz sentido. Arriscou dizer que eles podem trocar um imóvel grande por dois menores: um para morar e outro para alugar. Não é que Maria aprendeu a lição! DICAS QUE VALEM DINHEIRO 1 - Alugar um imóvel e manter o dinheiro investido requer disciplina de quem faz essa opção. Embora disponível, o dinheiro não pode ser gasto e deve ser mantido em ativos de baixo risco, com perfil de geração de renda. 2 - Alugar um imóvel antes de comprar é uma boa estratégia para testar se o bairro e o imóvel em si são, de fato, a melhor escolha. 3 - O valor do aluguel varia de cidade para cidade. Em grandes cidades como São Paulo, é possível alugar pagando mensalmente 0,4% do valor do imóvel. 4 - O mercado está aquecido e os preços, em algumas regiões, bastante elevados. A oferta de novos imóveis deve continuar e é possível que os preços caiam. 5 - Alugar pode ser uma boa estratégia na fase de recém-casados. Adiem os planos de compra para quando a família crescer. E não esqueçam de poupar, porque as despesas aumentarão. (Fonte: Marcia Dessen - Folhapress) E você, prefere alugar ou comprar um imóvel? Comente, até breve...muito breve! /*--*/

Obesidade crônica

É oportuno que o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, pretenda entregar à presidente eleita, Dilma Rousseff, um plano de combate à obesidade. O país tem colhido alguns sucessos na redução de mortes por doenças crônicas. De acordo com os números apresentados nos últimos dias, entre 1996 e 2007 registrou-se uma diminuição de 17% nessa categoria de óbitos, que inclui males cardiovasculares, respiratórios e cânceres. Grande parte do êxito, vale mencioná-lo, se deve ao impressionante decréscimo no percentual de fumantes, que, nos últimos 20 anos, caiu de 35% para 16% da população adulta. A notável exceção no grupo é o diabetes tipo 2, doença visceralmente associada à obesidade. Houve um incremento de 10% ao longo da última década. Para tornar a situação ainda mais difícil, a medicina vai se tornando cada vez mais cética em relação ao controle da obesidade. Pesquisas mostram que emagrecer é relativamente fácil, mas a maioria dos pacientes que se submetem a um tratamento para perder peso o recupera -muitas vezes com juros- em até um ano após o relaxamento do regime. A principal dificuldade parece ter origem na evolução, cuja memória reside na estrutura genética que herdamos de nossos ancestrais. Devido às adversidades enfrentadas pela humanidade na maior parte de sua história, sobreviviam melhor e geravam prole maior os indivíduos com genes mais propícios para armazenar energia na forma de gordura. As condições de vida mudaram radicalmente nos últimos séculos, mas o organismo, não. Ele está programado para poupar o máximo possível de energia, e isso num contexto de farta oferta de calorias e num ritmo de vida em que as gastamos cada vez menos. O caminho para remediar a situação está em ações educativas que estimulem a atividade física, alertem para os riscos da obesidade e difundam noções de alimentação saudável -ainda que seja difícil evitar os imperativos de uma predisposição biológica. (Fonte: Folha de S.Paulo) Comente esta matéria logo abaixo, aguardamos o seu comentário! QUE VOCÊ TENHA UM ÓTIMO ANO! /*--*/