segunda-feira, 28 de março de 2011

As várias mudanças na vida entre a adolescência e a idade adulta

De acordo com a pesquisa, feita por Katariina Salmela-Aro, da Universidade de Helsinki, a transição da adolescência para a idade adulta é caracterizada por mudanças e rupturas constantes no status e no papel social desses indivíduos – desde entrar no mercado de trabalho, sair da casa dos pais e mesmo se tornarem responsáveis por um filho – além de assumirem responsabilidades cívicas que fazem parte da vida adulta. O estudo longitudinal, também chamado coorte, ou seja, quando um grupo de indivíduos é acompanhado durante um período de tempo e, periodicamente, são coletados dados sobre estas pessoas – observou como os jovens adultos se adaptam aos diferentes cenários acadêmicos (ensino médio, universidade ou pós-graduação), trabalhistas, novos modelos de moradia (morar com amigos, namorados (as) ou sozinhos) e novas relações familiares. Esse complexo conjunto de cenários envolve diversas mudanças, sobrepondo fases e transições que ocorrem paralelamente. A equipe liderada por Salmela-Aro identificou seis caminhos diferentes que levam à chamada “fase adulta plena”. O maior grupo é formado por aqueles que conseguiram achar um papel profissional estável e formar uma família (aproximadamente 24% dos participantes) e que também havia experimentado todas as transições chave da adolescência até a idade adulta em uma ordem mais ou menos linear. Uma parte desse grupo foi denominada “fast starters” (“jovens iniciados”, em tradução livre) e que havia passado por todas as mudanças rapidamente. Outros foram denominados como “casais jovens”, e já tinham um relacionamento estável mesmo antes do final da universidade e de uma colocação profissional (mas ainda sem filhos). O grupo dos “casais tardios” (que também somava aproximadamente 15% dos participantes) começava a trabalhar mais cedo, antes do final dos estudos, mas com relacionamentos afetivos estáveis mais tardios, vivenciando mais separações antes da idade adulta plena. Já os com “carreira tardia” tinham dificuldades de se posicionarem no mercado de trabalho, assim como se envolver em relacionamentos estáveis, identificados como dificuldades em se comprometer no geral. Nesse grupo, a transição da adolescência para a fase adulta com família e carreira demorava a se concretizar quando comparados aos outros grupos. “Nossos resultados indicam que os jovens adultos com um desenvolvimento rápido ou mediano parecem ter uma satisfação com a vida mais alta, ao contrário daqueles que vivenciaram um desenvolvimento tardio dessas fases. Já aqueles solteiros e com tempo prolongado nos estudos pareciam ter níveis de felicidade menores”, diz Salmela-Aro, cujos resultados finais do estudo foram publicados no periódico Advances in Life Course Research. (Fonte: Uol - com informações da Suomen Akatemia) Comente esta matéria logo abaixo, QUE VOCÊ TENHA UMA ÓTIMA SEGUNDA-FEIRA! /*--*/

Saiba os efeitos de ter dois empregos na sua qualidade de vida

Conciliar trabalho com estudos, esportes ou outras atividades costuma ser desgastante. Administrar o tempo, o transporte e coordenar as ações em dois diferentes ambientes sem comprometer a qualidade de vida é um desafio enfrentado diariamente por milhões de brasileiros. E quando o problema é conciliar dois – ou mais – empregos? Para o médico e presidente da ABQV (Associação Brasileira de Qualidade de Vida), Alberto Ogata, desempenhar atividades em dois ou mais empregos contribui para um cenário de pouco tempo para relaxar, agenda corrida, alimentação inadequada, vida social ausente e cansaço e fadiga. “Podemos afirmar que todo excesso a esse quadro geral será prejudicial e certamente o fato de ter dois empregos agravará essa situação, provocará a aquisição de maus hábitos e intensificará os riscos de saúde decorrentes do trabalho”. Corre-corre Falta de tempo para se dedicar a qualquer atividade fora do trabalho é um desafio do professor Paulo Sérgio de Gouveia, que leciona em três escolas diferentes de São Paulo. Pouco tempo sobra para o docente descansar ou ter lazer entre as aulas nas instituições localizadas em três bairros distantes entre si da capital paulista. “Para ir ao cinema, fazer uma viagem, só programando bem antes, com umas duas semanas de antecedência”, relata. Na rotina do professor, descanso mesmo só no deslocamento entre uma escola e outra - sem contar o exercício físico em eventuais deslocamentos para o trabalho com a bicicleta. Embora o cansaço pese, uma preocupação constante de Gouveia é com a constante dificuldade em administrar e planejar o trabalho para cada ambiente. “No final de semana, faço um planejamento para as turmas de cada escola, com a programação de toda a semana. Sem isso, fica muito difícil administrar o cotidiano e as individualidades de cada ambiente”, explica. Apesar do desgaste físico e mental, o docente lamenta mais a falta de espaço para desenvolver as potencialidades dos alunos e refletir mais sobre a qualidade do ensino. “Se o professor no Brasil recebesse salários maiores, poderia render mais com cada turma, explorar novas formas de ensinar, novas didáticas e estar mais voltado para as necessidades individuais dos alunos”, lamenta. Cuidados Alberto Ogata, da ABQV alerta aos profissionais que vivenciam rotinas desgastantes e precisam se dedicar a dois ou mais ambientes de trabalho que o ritmo incessante pode provocar propensão ao estresse, síndrome de burnout, distúrbios alimentares e outros sintomas. Ogata destaca ainda que é comum ver entre pessoas que sofrem grande desgaste em função do acúmulo de trabalho “a diminuição na habilidade de pensar claramente, o estado de alerta permanente, tensão e humor instável e comportamento compulsivo”. O ideal, alertam os especialistas, é buscar constantemente o equilíbrio entre lazer, descanso, rotina profissional e vida pessoal. (Fonte: InfoMoney) Você já passou pela experiência de ter dois empregos? Comente, até breve...muito breve!