quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

80% dos alcoólatras deram primeiro gole antes dos 18 anos, diz pesquisa

O manobrista Johnny, de 22 anos, tomou o primeiro gole de vinho aos 11 anos, com o irmão mais velho. Aos 7 anos, a doméstica Madalena, de 50, bebeu um copo de pinga em casa, pensando que era água. Hoje, os dois engrossam as estatísticas do Centro de Referência em Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod): 80,7% dos atendidos na unidade para tratar a dependência de álcool deram o primeiro gole antes dos 18 anos de idade. Os dados mostram ainda que 15,8% deles experimentam bebida alcoólica antes dos 11 anos – esses que deram os primeiros goles na infância representam 40% dos adolescentes e 16% dos adultos que procuram tratamento para se livrar do vício. Os dados sobre o primeiro contato com a bebida impressionaram a psiquiatra Marta Ezierski, diretora do Cratod, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. "Uma coisa é falar de alcoolismo na população em geral. Outra é falar com base em uma população triada, já dependente. O número é muito alto." As informações são resultado de duas análises: uma de 684 pacientes adultos e outra de 138 adolescentes que procuraram o centro nos últimos dois anos. O ponto que mais chamou a atenção foi o fato de os jovens terem começado a beber ainda crianças, geralmente em casa ou na presença de familiares. Segundo o levantamento, em 39% dos casos o pai bebia abusivamente; em 19%, a mãe; e em 11%, o padrasto. O relatório aponta ainda que, após o contato com álcool e tabaco, metade relatou ter experimentado maconha. "Eram crianças que tinham o consentimento da família para beber, porque o pai ou a mãe bebiam. Eles começaram a ingerir bebidas sem culpa e não se deram conta de que estavam se viciando. Um paciente chegou a dizer que havia nascido dentro do álcool", diz a diretora do Cratod. Segundo Marta, o levantamento também demonstrou que, em geral, os adultos procuram ajuda quando já se envolveram com outras drogas, estão deprimidos, tentaram suicídio ou porque estão com alguma doença ou sequela decorrente do consumo abusivo. Já os adolescentes, diz a médica, normalmente vão ao Cratod por causa de conflitos em casa ou na sociedade. (Fonte: O Estado de São Paulo) Comente esta pesquisa realizada pelo Cratod - Centro de Referência em Álcool, tabaco e outras drogas. QUE VOCÊ TENHA UMA ÓTIMA QUARTA-FEIRA!

Serviços dos bancos: Como ter cuidado

Com o bom momento da economia brasileira, muitos consumidores viram nas instituições financeiras a porta de entrada para se inserir de vez nas classes intermediárias da pirâmide econômica do País. Mas será que, mesmo com a situação financeira favorável, os brasileiros souberam ter cuidado com os serviços oferecidos pelos bancos? “Quando um investidor vai procurar o gerente, ele deve ter bem claro para quem esse profissional trabalha, bem como as metas que ele deve atingir na instituição”, afirma o professor de economia da escola de negócios Trevisan, Alcides Leite. Enfático, Leite atenta para a situação controversa de ambos os personagens: enquanto o cliente procura algo bom e barato, o banco direciona seus esforços aos produtos que não fazem parte do perfil do consumidor. Metas contrárias Tornou-se comum, após uma ida ao banco, ouvir de algum funcionário: “Você conhece o nosso novo título de capitalização ou você tem interesse em um crédito pré-aprovado?" Tão logo você estará mergulhado em tantas opções que, se não souber ponderar a escolha certa, a rentabilidade de suas aplicações ou até economias poderão voltar à estaca zero. “Quando um investidor vai procurar o banco, por exemplo, ele deve estar munido de conceitos básicos de educação financeira. É uma forma simples de se precaver contra qualquer serviço indesejado”, explica Leite. Uma das ofertas mais comuns dos bancos é a chance de aderir a um seguro de vida. Segundo o especialista, muitos consumidores optam por essa modalidade por conta do apelo emocional que a envolve. "Normalmente quem adquire um seguro de vida pensa na responsabilidade com a família e filhos. Essa é uma estratégia clássica utilizada pelos bancos no País", descreve o professor. "Ele [o cliente] pode ter outras formas de poupar e investir, que possa servir como uma espécie de seguro", conclui. Modalidades Diante de inúmeras opções oferecidas pelos bancos, a dica de Leite é tentar fugir dos serviços extras, geralmente impostos pelo banco ao cliente. Segundo ele, o pior serviço é aquele que o consumidor não precisa. "Quando o banco se predispõe a oferecer um produto ao cliente, ele deve se questionar: Para quem esse serviço será bom? O consumidor deve saber que ele tem acesso a produtos financeiros mais rentáveis e baratos, basta pesquisar", opina o especialista. Leite ainda reforça o alerta para que os consumidores não aceitem a vinculação de uma operação a um tipo de serviço oferecido, o que consiste na chamada venda casada, uma grave infração. Nesse caso, o cliente deve procurar por entidades de defesa para denunciar a ação do banco. Incidências A posição taxativa de um banco em oferecer serviços vai muito além, por exemplo, do já citado seguro de vida. Para Alcides, que cita os títulos de capitalização, além de remunerar muito pouco, o serviço, basicamente, é um produto financeiro envolvido em questões de sorte, por se tratar de sorteios. O mesmo perigo, porém vinculado a outra forma de perda, está nas ofertas de crédito pré-aprovado, que, vale a pena ressaltar, não é nenhum produto de investimento, pois o banco está apenas emprestando dinheiro, com juros. "O crédito pré-aprovado é uma armadilha induzida ao usuário, para que ele gaste mais e acabe tendo um custo elevado por conta desse crédito", alerta o especialista. Cartão e cheque As modalidades de cartão e cheque contam com o atrativo da possibilidade de se trabalhar com vencimentos, algo enraízado em questões de disciplina e organização. "É muito perigoso, pois trabalhar com cartões e cheques requer muito controle e disposição para não cometer erros graves no próprio orçamento, o que pode levar a altos padrões de endividamento", observa leite. De acordo com o especialista, a dica é sempre pesquisar as modalidades oferecidas e as instituições financeiras que as executam, para conciliar o melhor preço, com segurança e mais rentabilidade. (Fonte: InfoMoney) É preciso estar sempre atento antes de fechar qualquer negócio com os bancos. Pesquisar e se planejar sempre, em qualquer situação. Comente, Até breve...muito breve! /*--*/