sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Como lidar com o impulso consumista

Além do novo cenário econômico, no qual ganhamos poder de consumo, há a questão do estímulo generalizado pela mídia. A receita é organizar o orçamento e planejar.

Nos dias atuais, mal satisfazemos uma vontade, um desejo e já arrumamos outro. O desejo pela aquisição de um determinado produto ou serviço pode ser mais ou menos relevante em relação a outro, mas a necessidade de comprar, de adquirir e conquistar estão sempre presentes e elas podem servir de motivação ou virar frustrações, quando não saciadas.

Nesse sentido, a organização do orçamento familiar, além de ajudar na saúde financeira da família, pode evitar frustrações.

Dificuldade de organização

Segundo a psicóloga Aridinéa Vacchiano, as famílias têm dificuldade em realizar o orçamento familiar por questões culturais. "A estabilidade da nossa moeda é algo recente. Até então não se tinha o hábito de pensar no futuro, pois não havia a garantia do retorno gerando uma ansiedade grande e uma necessidade de se tirar proveito máximo do momento presente", comenta.

Para a profissional, além do novo cenário econômico há a questão do consumismo, estimulado o tempo todo pela da mídia. Tal combinação não favorece a organização do orçamento familiar e tampouco o planejamento.

Frustração

A viagem tão sonhada, o carro novo, a reforma da casa ou a compra de um eletrônico. Nada disso foi possível de ser realizado, ou pior, até foi concretizado, mas, agora, a família carrega dezenas de parcelas e vive com a corda no pescoço, pois a renda da casa não dá conta de pagar todas as dívidas. Situações assim são frustrantes.

"Hoje, a frustração é algo insuportável, pois o tempo todo nos dizem que podemos comprar na hora que queremos. O crédito está ao alcance de todos de maneira facilitada. As pessoas são criadas achando que podem tudo. Os pais querem dar tudo aos filhos", afirma Maria Angélica, coordenadora de psicologia da Unisuam.

Angélica chama atenção para o fato de que, em geral, as pessoas sentem mais a frustração quando percebem que não podem pagar as dívidas assumidas. "É a dívida que gera o estresse, é quando a pessoa se dá conta dos exageros", comenta.

Motivação

E é justamente o estresse que pode se tornar um fator motivador. A pessoa vive uma tensão e por meio dela busca soluções, motivos para reverter situações não confortáveis. Em geral, a palavra estresse carrega sentimentos negativos, mas sendo uma tensão controlável é possível transformar a ansiedade e gerar mudança de comportamento.

Foi o que aconteceu com o universitário Paulo Renato Teixeira. "Sempre vi meu irmão mais velho poupando e abrindo mão de certas coisas para juntar dinheiro para comprar seu próprio carro. Quando ele fez 18 anos, comprou um. Eu não era assim. Torrava todo o dinheiro do estágio e da mesada", comenta.

Renato dependia da boa vontade dos pais para poder sair de carro. "Quando me vi nessa situação tive um misto de sentimentos: inveja, raiva e frustração. Me senti infantil. Depois que assimilei a situação resolvi mudar. Comecei a juntar e pensar nos gastos. Como o estágio de engenharia remunera bem melhor que o da época da escola consegui juntar uma grana e dei uma boa entrada. Estou de carro, claro, com parcelas, mas a serem pagas em um prazo não muito longo", conta orgulhoso.

Mas para Aridinéa, o caso do estudante é raro. A profissional acredita que a frustração provoca uma crença negativa. "É difícil uma pessoa vencer uma frustração sozinha, pois ela passa a crer realmente que é incapaz de conseguir. Com um acompanhamento profissional será mais fácil reprogramar esse sentimento, ficará mais fácil para o paciente se enxergar sob outra ótica, mais positiva", orienta a psicóloga.
(Fote: Previ)

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A soja pode mesmo melhorar os sintomas da menopausa?

Nós temos conhecimento que para 25% das mulheres a menopausa pode até passar despercebido não fosse a sua associação com a interrupção das menstruações. Para outros 25% delas a transição é um verdadeiro suplício. Nada acalma os sintomas.

O sono se torna leve e fragmentado, o humor depressivo e as ondas de calor muito frequentes e insuportáveis. Nesses casos, o único recurso capaz de aliviar os sintomas é o uso de medicamentos a base de hormônio feminino. Os 50% restantes de mulheres tem sintomas de intensidade variável, geralmente de leve a moderada, com duração de cerca de um ano após a última menstruação.

A grande polêmica a cerca dos efeitos de certos medicamentos no combate aos sintomas do climatério ocorre justamente nesse grupo de mulheres. Nelas, os resultados dos trabalhos científicos ora revelam efeito benéfico, ora nenhum efeito dos vários medicamentos candidatos. Entre eles, liderando as pesquisas, estão as isoflavonas, substâncias derivadas da soja e muito parecidas com o hormônio feminino em sua estrutura química.

Há mais de uma década, as primeiras pesquisas com os derivados da soja nos encheram de esperanças. Elas revelavam que as isoflavonas poderiam reduzir a incidência dos fogachos em até 60% das mulheres, valor esse muito próximo dos 80% observados com o uso do hormônio feminino e muito superior aos 20% alcançados com o placebo (cápsula sem o medicamento). Entretanto, ano após ano, os novos estudos não conseguiram reproduzir os efeitos brilhantes dos primeiros.

O mais recente estudo que analisou os efeitos das cápsulas de isoflavonas acaba de ser publicado na revista Archives of Internal Medicine. Foram avaliadas 126 mulheres, metade usando placebo e a outra metade usando cápsulas de isoflavonas. Analisados os dois grupos, não foi encontrada diferença significativa nas densitometrias que medem a massa óssea, nem houve diferença na melhora dos fogachos entre as mulheres usando placebo ou isoflavona.

O que vem sendo comprovado mais e mais em estudos recentes retira de nós toda esperança de havermos encontrado um estrogênio natural e isento dos riscos de câncer ginecológico já bem documentado com a reposição hormonal. As isoflavonas parecem agir como qualquer placebo, ou seja, atuam em 30% das pacientes, que melhoram seus sintomas.

Mas, na verdade, essa melhora poderia ocorrer naturalmente, sem nenhum medicamento ser usado, pois as oscilações dos sintomas climatéricos ocorrem com ou sem medicamentos. Além disso, essa melhora poderia também ocorrer com qualquer outro componente usado como placebo, vitaminas por exemplo.
(Fonte: Uol.com)

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