terça-feira, 16 de agosto de 2011

Música reduz dor e ansiedade em pacientes com câncer

Escutar música ou tocar um instrumento pode reduzir dor e ansiedade em pacientes sofrendo de câncer. Essa descoberta foi feita através de uma revisão de mais de 30 pesquisas, realizada por estudiosos em uma universidade americana, a Drexel University.

De acordo com o pesquisador Joke Bradt, a musicoterapia funciona porque a música pode distrair e relaxar os pacientes, ajudando-os a lidar com os efeitos colaterais do tratamento contra a doença. A música auxilia também na comunicação entre pacientes e suas famílias, já que muitas vezes é difícil para essas pessoas explicarem o que estão sentindo.

“Em uma sessão de musicoterapia, você é capaz selecionar uma música que pode explicar perfeitamente o que você está tentando dizer a esse paciente”, explica Bradt.

Apesar de os resultados da revisão serem positivos, ainda é necessário que pesquisas mais profundas sejam feitas nessa área.
O estudo foi publicado na edição de agosto da Cochrane Database of Systematic Reviews.
(Fonte: Uol)

Comente sobre a musicoterapia! 

QUE VOCÊ TENHA UMA ÓTIMA TERÇA-FEIRA! /*--*/ 

Velhice é doença?

Outro dia fui surpreendido por menção à “medicina antienvelhecimento”. Conheço tratamentos antiproblemas que precisamos combater: anti-inflamatórios, anti-hipertensivos, antipsicóticos, antidiabéticos...

A lista dos anticoisas que queremos combater é grande. Mas queremos combater o envelhecimento?

Lembro do meu pai dizendo que envelhecer é bom, ruim é não envelhecer: morrer antes de chegar à velhice...

Em meu trabalho assistindo pessoas, sua saúde e doenças, encontro formas diferentes de envelhecer. Muitos chegam a esta fase preparados, tendo estabelecido condições e hábitos que lhes permitem obter satisfação e ser felizes nesta fase da vida. Outras não.

Ouso dizer que a primeira condição para envelhecer bem é aceitar a velhice como algo normal, uma nova fase na vida, que pode ser bem vivida. Ser velho não é pejorativo. Pode ser vantagem. Evita-se o termo e chamam velho de “melhor idade”, “idade de ouro”, “sênior”, e outros eufemismos. Aí já se diz que velhice é ofensivo. Será?

Como é então envelhecer bem?
É preciso chegar a esta fase com boa saúde física. Isto se prepara ao longo da vida, com hábitos saudáveis, atividades física e intelectual permanentes, identificação de fatores de risco e sua remoção ou redução sempre que possível. Envolvimento familiar e social com laços afetivos é relevante.

A relação com o trabalho importa; o que fazer quando parar ou diminuir?
Os que pior vivem, em geral, depois de se aposentarem são aqueles que não tinham outros interesses em paralelo, ficaram sem objetivos ao interromper a rotina.

Acompanho pessoas com mais de 80, até 90 anos, que mantêm uma vida que as satisfaz através do equilíbrio de ocupações físicas, mentais e sociais. Absorver as progressivas perdas que caracterizam esta fase é um dos segredos: perdem-se pessoas, diminuem sentidos, força, trabalho, dinheiro... Vejo que vão melhor os que aceitam, absorvem e se adaptam às características da fase do que os que lutam contra ela.

Sêneca escreveu sobre o assunto mostrando vantagens da velhice. Mas há quem diga que a calma e a tranquilidade que se obtém devem-se à queda das energias que lhes permitiam excessos quando jovens...

Um cirurgião cardíaco paulista, perguntado sobre parar de trabalhar quando chegou aos 70 anos, respondeu que seus clientes é que decidiriam a sua aposentadoria: quando deixarem de procurá-lo, esta será a hora de parar. A boa relação com o trabalho, a sintonia com o que se faz e o reconhecimento obtido também somam para um bom envelhecimento.

Começamos a envelhecer ao nascer. É inevitável e inexorável. Aceitar e estar preparado é o que vai fazer com que seja mais ou menos fácil. A gente envelhece como vive. Quem vive bem envelhecerá bem. Quem não aceitar, lutar contra, poderá sofrer decepções.

Ruim mesmo é não envelhecer. (Flavio José Kanter - Zero Hora)

Comente esta matéria! 

Até breve...muito breve!  /*-*/