Um estudo feito por cientistas da Universidade da Dinamarca mostrou que cebolas, batatas e cenouras orgânicas não apresentam maiores quantidades de antioxidantes suficientes para trazer benefícios ao nosso organismo.
Com o aumento da procura por alimentos orgânicos, que tem fama de ser mais saudáveis do que os produzidos de maneira tradicional, muitas pessoas passaram a pagar mais caro para consumi-los, sem saber que, em alguns casos, o tipo de produção não faz diferença.
Os cientistas fizeram análises de vários tipos de cenouras, batatas e cebolas que foram produzidas com técnicas orgânicas, ou seja, sem agrotóxicos e as compararam com amostras dos mesmos vegetais produzidos de forma tradicional. Eles descobriram que os níveis de polifenois, antioxidantes que diminuem as chances do desenvolvimento de células cancerígenas, eram praticamente os mesmos entre os dois tipos de amostras, assim como vários outros nutrientes importantes para o organismo.
Segundo os pesquisadores, isso não quer dizer que o consumo de alimentos orgânicos traga malefícios ao corpo, mas que em alguns casos, como o da cenoura, batata e cebola, a técnica tradicional traz os mesmos benefícios sem custar mais para o consumidor. Mesmo assim, o consumo de orgânicos ainda é indicado na maioria dos casos.
Eles também advertem que os únicos produtos orgânicos que devem ser consumidos são aqueles que respeitam as normas internacionais de produção, e tem o certificado de inspeção e fiscalização em sua embalagem.
Mesmo que seja preciso tomar alguns cuidados na hora de comprar produtos orgânicos, eles ainda trazem benefícios que na maioria dos casos não são encontrados nos alimentos produzidos da maneira tradicional. Podem ser encontrados na forma orgânica frutas, legumes, verduras, lacticínios, ovos, café, açúcar, azeite, achocolatado, chá, mel, grãos, sucos, cacau, cogumelos, erva-mate, ervas medicinais, carnes, aves e óleos essenciais.
Alimentos orgânicos
Confira os benefícios que os alimentos orgânicos podem trazer.
1. Respeito ao ciclo das estações do ano e às características das regiões;
2. Colheita de vegetais na época da maturação (sem indução);
3. Uso de adubos orgânicos e reciclagem de materiais;
4. Tratamentos naturais contra praga e doenças nos vegetais e plantas;
5. Acesso dos animais a piquetes abertos;
6. Os animais também recebem nutrição orgânica, além de práticas terapêuticas;
7. Permanecem separados dos não-orgânicos durante o manuseio, a passagem pelo maquinário, o transporte e a venda.
(Fonte: Uol – Ciência e Saúde)
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