quinta-feira, 3 de março de 2011

Gagueira não tem cura, mas pode ser amenizada

Até por ser um distúrbio provocado com vários fatores, com base genética, ainda não há uma cura para a gagueira. Mas os tratamentos fonoaudiológicos costumam dar resultados bastante satisfatórios. Por isso, especialistas afirmam que, quanto antes a criança começar a ser tratada, melhores os resultados. Uma criança tratada logo que surgem os sinais do problema tem de 98% a 100% de chances de superar o problema, segundo Ignês Maia Ribeiro, fonoaudióloga especializada no tratamento dos distúrbios da fluência e presidente do IBF (Instituto Brasileiro da Fluência). O tratamento terapêutico consiste em exercícios de voz, de respiração e treino de entonação. Tudo para amenizar as interrupções na fala. O gago geralmente gagueja no início das palavras, nas primeiras sílabas. Com o treino da respiração, esses espaços podem ser diminuídos. Mas o mais importante, segundo especialistas, é procurar ajuda o quanto antes e de um profissional especializado. Não basta ser fonoaudiólogo: tem que entender de gagueira. Fazer terapia com psicólogo é indicado em alguns casos. Não para tratar a gagueira, mas sim os comportamentos secundários, caso eles estejam atrapalhando a vida social do indivíduo. A gagueira de desenvolvimento surge na infância, entre os dois e cinco anos de idade. Justamente na época em que as crianças começam a desenvolver a própria linguagem. De cada cem crianças, cinco vão apresentar o problema em algum momento e dessas, uma vai ter gagueira crônica. Por ser um transtorno pouco conhecido e difundido, inclusive entre a classe médica, muitas crianças acabam recebendo um diagnóstico errado. Lucia Maria Gonzales Barbosa, neuropsicóloga estudiosa do assunto, explica que a gagueira é muito confundida com as falhas de linguagem normais da idade, “é uma linha muito tênue, que apenas profissionais especializados conseguem diferenciar”. Por isso, os pais devem ficar atentos ao comportamento dos filhos. Caso o problema persista por mais de oito semanas, é hora de procurar um fonoaudiólogo especializado em gagueira. Para Anelise Junqueira Bohnen, fonoaudióloga especializada no tratamento dos distúrbios da fluência e diretora educacional do IBF, “é importante notar que o surgimento da gagueira pode ser mais ou menos intenso e que não pode ser ignorado, nem por pais, nem por pediatras ou professores”. Apesar de afetar mais pessoas do sexo masculino (são quatro homens para uma mulher) a gagueira é democrática. Não escolhe raça, cor, condição social, níveis linguísticos e culturais ou inteligência. (Fonte: Cláudia Pinho - R7) Comente esta matéria logo abaixo! Até breve...muito breve! /*--*/

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