segunda-feira, 4 de abril de 2011

Por que as pessoas não gostam de fazer um orçamento doméstico, controlar as receitas e despesas?


Isso é fato: tirando, talvez, os economistas, contabilistas e todos os demais profissionais que, de uma forma ou de outra, lidam no dia-a-dia com a matemática financeira, boa parte das pessoas não gosta de ficar registrando, seja num papel, seja num computador, os seus gastos do dia-a-dia.

Porém, como já escrevi num post para o Dinheirama, essa atitude de registrar seus gastos é fundamental para a sua saúde financeira, uma vez que tudo o que é medido é mais bem controlado. A matemática é uma ferramenta que nos auxilia em diversos aspectos de nossa vida. Quem faz dieta está constantemente de olho na balança, a fim de verificar se o seu peso está dentro dos objetivos pretendidos. Quem faz check-ups médicos precisa fazer uma série de exames laboratoriais, a fim de verificar se a saúde anda bem.
Ora, se é assim para controlar a saúde física, por quê não recorrer aos números também quando se trata de controlar a saúde financeira?

O problema com os atos de consumo, que é um dos alvos do orçamento doméstico, envolve questões psicológicas e emocionais. Muitas vezes, gastamos além da conta, e poupamos quase nada. Ou seja, gastamos mais do que ganhamos. É uma situação similar à da pessoa que está fora do peso recomendado para seu padrão corporal.

Elas se negam intimamente a se defrontar com a realidade, pelo simples fato de que a realidade que vivem não coincide com a realidade que gostariam de viver. O que fazer, então? Superar esses bloqueios mentais. Ter uma atitude positiva e responsável em relação às finanças domésticas. Encarar os problemas de frente, assumir que há uma realidade que precisa ser mudada e, sobretudo, começar a trabalhar para que essa realidade seja transformada.

E um dos primeiros passos para ganhar pontos na saúde financeira passa exatamente pela necessidade de um registro dos gastos domésticos. Precisamos olhar, com os nossos olhos, para onde o dinheiro está indo, a fim de que o cérebro veja, então, quais áreas precisam de um reparo. Sempre há excessos e faltas. Excessos de gastos que podem ser cortados em algumas áreas, e também outras áreas onde é preciso gastar mais. A alimentação fora de casa é um exemplo típico do primeiro grupo.

Os cuidados preventivos com a saúde formam o exemplo clássico do segundo grupo. Não tenha vergonha da situação em que se encontra. Vergonhoso, isso sim, é aceitar passivamente uma realidade que, se prolongada no tempo, pode causar sérios danos à sua auto-imagem.

Eis aqui algumas dicas práticas para melhorar a situação:

- Mantenha um registro diário de seus gastos;

- Estabeleça metas de consumo no mês, tanto total (não gastar mais do que “x” reais no mês, com tudo), e parciais, por exemplo, não gastar mais do que “x” reais com alimentação fora de casa;

- Fixe metas de poupança: economizar “y”% do salário;

- Premie-se com o cumprimento de metas: ei, só sacrifício também não vale, né? Se a meta era gastar não mais que R$ 150 em restaurantes, e você conseguiu gastar só R$ 90, não fique se privando das coisas boas da sua vida: gaste os R$ 60 como quiser, por exemplo, numa ida ao cinema com direito a combo completo;

- Aperfeiçoe seu registro de gastos: à medida que avançar no conhecimento das finanças, vá melhorando também a formatação de sua planilha e seu método de registro de gastos. Boa sorte!
(Fonte: Valores Reais)

Você controla o seu orçamento doméstico?
Comente, até breve...muito breve! /*--*/

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