quinta-feira, 26 de maio de 2011

Mimar os filhos desde cedo: quais os resultados para o bolso dos pais?

Entre jogos e brincadeiras, o mundo das crianças pode ir bem além do "simples" imaginário dos adultos. Sucessivamente, pais, avós, tios e toda a família enfrentam os desejos infantis mais sublimes.

Saber dizer não em determinadas ocasiões pode afastar, contudo, a sombra de futuros jovens que não ponderam sobre o real valor do dinheiro. "Se os pais optarem por comprar tudo para os filhos, as crianças crescerão mal acostumadas, pensando ter um poder aquisitivo ilimitado", afirma o especialista em educação financeira Álvaro Modernell.

O especialista ressalta que, à medida que a criança cresce, o desejo de consumo torna-se ainda maior. Caso ele não seja atendido, explica, este jovem irá se sentir frustrado. Pior, a culpa ainda pode recair nos pais, que, ao verem o filho triste, sacrificam o orçamento para atender ao seus caprichos.

"Tudo isso pode gerar conflitos familiares, pois as crianças não aprenderão a conviver com o limites e, na adolescência, isso será ainda maior. Tem pais, por exemplo, que acham que podem compensar seus erros junto aos filhos com presentes e mimos".

Saúde financeira

Tomar o dinheiro como luxo pode gerar nas crianças uma falsa sensação de poder aquisitivo. Os adultos, observa o especialista, devem se pautar pela renda e pelo orçamento que possuem. Basta, aos poucos, introduzir o conceito de educação financeira aos filhos.

"Crianças até quatro anos dificilmente diferenciam o valor das moedas e cédulas. Comece estimulando-as a manusear moedinhas, sem importar o valor das moedas. O que vale é a quantidade e o tamanho. Aos poucos, diferencie moedas pequenas das grandes, atentando para a proporção dos valores", explica Modernell.

"A partir dos cinco ou seis anos, introduza nas atividades de educação financeira as notas, de preferência apenas com um ou dois valores diferentes – continua valendo a quantidade. Aos poucos, conforme a percepção de cada criança, introduza nos exercícios uma variedade maior de notas e ajude-as a perceber as relações de valor entre as moedinhas e as notas", completa.

Mesada ou semanada?

De acordo com o especialista, crianças com dois ou três anos já conseguem perceber como funciona o dinheiro e qual a sua importância no cotidiano. A ideia, explica, é permitir que a criança tenha contato com dinheiro logo cedo.

"Dê-lhes algum dinheiro esporadicamente e estimule-as a pagar suas próprias compras. A partir dos seis a sete anos, e até os 12 ou 14 anos de idade, introduza e fixe conceitos de regularidade e dependência do dinheiro para algumas coisas", aponta.

Modernell sustenta que a mesada deve ser paga em intervalos semanais ou quinzenais, conforme a maturidade da criança e seu estilo de vida. A partir desta idade, pode-se fazer os pagamentos uma vez por mês, preferencialmente no dia que coincidir com o pagamento do salário ou da maior fonte de renda da família.
(Fonte: InfoMoney)

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