quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Educação financeira

Muitos dos problemas emocionais vivenciados pelas famílias têm como origem as questões financeiras. A maioria da população brasileira não foi e não é educada para o mundo das finanças. Somente recentemente é que as escolas de ensino fundamental e médio se deram conta que falar de dinheiro é necessário.

Pouquíssimas famílias se importam em orientar os filhos no sentido de aprenderem a lidar com crédito, contas a pagar, renda, etc. A separação de casais por divergências na relação com o dinheiro está em crescimento: 50% dos casais que se separam apontam esta causa como a que motivou o fim do relacionamento. Tudo começa no namoro. O encantamento amoroso, a paixão, o querer bem, não podem inibir uma conversa franca sobre dinheiro.

O casal, para ter uma vida completa a dois, precisa, além da afinidade amorosa, também ter sintonia financeira. É necessário decidir qual padrão de vida a ser estabelecido, se há necessidade de conta conjunta, se os dois trabalharão, como serão os gastos gerais, qual o volume de reservas para emergências, etc.

Quando vem o filho, inicia-se uma pequena revolução nas finanças do casal. Se houve planejamento financeiro para este novo momento, as coisas tendem a ser mais fáceis, mas o que se observa é exatamente o contrário: mais gastos incorporados a um casal desorganizado financeiramente.

Quando chegam os filhos é preciso em algum momento falar com eles sobre o tema. O indicativo é que isso ocorra quando os filhos completarem cinco a seis anos. Nesta idade devem manusear o dinheiro, efetuar pequenas compras de produtos que custem alguns centavos. É muito positivo instituir semanadas. Um valor em dinheiro entregue toda semana para a criança gastar no que deseja.

Vale destacar que os pais não podem transferir para a mesada despesas que são de sua obrigação, como compras de livros, mensalidade escolar, uniformes, etc. O valor da semanada deve ser definido dentro do padrão de vida de cada família. O fundamental é que a criança preste conta em que gastou e que os pais acompanhem a vida financeira dos filhos.

Quando adolescentes, é preciso ir além. Mostrar com clareza as fontes de renda (mesmo sem declinar o montante), e quais os gastos prioritários da família. Abordar a importância em manter o nome limpo na praça e para tanto orientar para que sempre paguem em dia as contas assumidas. Educar para esses jovens guardem dinheiro.

Mostrar a importância de ter reservas financeiras para emergências. Falar de seguros, previdência privada, carreira, entre outros, garantirão educação mais completa. Nem todos os pais têm conhecimento sobre tudo, portanto, não há problema algum em buscar ajuda de especialistas e até mesmo matricular os filhos em cursos de especialização no tema.

É cada vez mais necessário educar de maneira completa e forjar cidadãos que tenham dignidade. A boa saúde financeira passa por isso. Educar financeiramente é ajudar a obter qualidade de vida.
(Fonte: Reinaldo Cafeo - JC Net)

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