segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Deixar de informar crianças sobre seu tratamento causa sofrimento desnecessário

Crianças doentes que não são informadas sobre o andamento de seus tratamentos acabam ficando mais assustadas com a doença. Elas também sentem raiva porque ninguém as está escutando nem explicando o que está acontecendo. Esse é o resultado de um estudo feito na Irlanda e publicado na revista científica Journal of Clinical Nursing.

Pesquisadores da Faculdade de Enfermagem e Obstetrícia do Trinity College Dublin avaliaram 55 crianças e adolescentes, com idades entre 7 e 18 anos.

As entrevistas mostraram que os jovens sentem que possuem o direito de participar dos problemas que afetam seus corpos. Uma parte relatou se sentir incluído, mas a maioria disse enfrentar dificuldades.

A pesquisa revelou que a principal barreira para a participação das crianças são os profissionais de saúde. Segundo a percepção da maioria dos jovens, os médicos acabam cuidando das crianças com pouca ou nenhuma explicação. As crianças também evitavam perguntar, porque eram mal-atendidas, e, além de os profissionais de saúde falar diretamente com os pais, eles usariam palavras de difícil compreensão.

Algumas crianças afirmaram ainda que deixam seus pais conversarem com os médicos para que eles filtrem as informações importantes e preocupantes. No entanto, a maioria dos jovens entrevistados disse que confia essa função aos pais porque eles enfrentam problemas de comunicação com a equipe médica.

O estudo mostrou também que, à medida que as crianças conhecem melhor seus médicos, elas ficam mais à vontade para tirar dúvidas e expressar suas preocupações.

Segundo um dos coordenadores do estudo, o professor Imelda Coyne, para evitar esse sofrimento desnecessário, pais e médicos devem consultar mais as crianças e incluí-las nas decisões médicas.

Para isso, os cientistas estão desenvolvendo um guia para garantir que as crianças sejam escutadas.

- É evidente que algumas pessoas vão ficar preocupadas sobre a participação das crianças, por isso resolvemos elaborar o guia com os pontos de vista de todos os interessados.
(Fonte: R7)

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